Postagem 2.396
BEDIN V.I.P.
PROF.DR.VALCINIR BEDIN
- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
Valcinir BEDIN
colunistas@tecnopress-editora.com.br
Valcinir BEDIN
O cabelo do feto começa a formar-se por volta de nove semanas de gestação. A epiderme manda um sinal para a derme e esta começa a “puxar” as células para baixo, formando um botão (invaginação) sob o qual se encontra a papila dérmica, por meio da qual o pelo vai ser nutrido. Na papila vamos encontrar também nervos e receptores de hormônios. A inclinação do folículo determina a forma que o fio terá no futuro. Os fios perpendiculares serão grossos e lisos; os inclinados, cacheados; e os paralelos à epiderme, do tipo carapinha.
Ao nascer, a criança tem cabelos já formados e pelos espalhados pelo corpo, que são chamados de lanugo. Estes pelos não têm a parte mais interna, a medula, existente nos pelos do tipo velus. A densidade nessa fase é de aproximadamente 600 fios por centímetro quadrado.
Até a criança completar 10 anos, os cabelos ainda não estão sob influência hormonal. Fios devem ter espessura condizente com a genética (herança dos pais) e possuir coloração normalmente mais clara do que vão ter na idade adulta. Não apresentam ainda toda a estrutura formada, portanto devem ser evitados, nessa fase da vida, tratamentos químicos agressivos, como alisamentos e permanentes. Deve-se usar apenas tinturas superficiais e temporárias, como henna.
Na adolescência, até os 20 anos, começam a aparecer os hormônios (menarca, nas meninas, e adrenarca, nos meninos e nas meninas), que influenciarão muito a forma, a cor e o tipo de cabelo. A influência hormonal se dá por meio da papila dérmica, que fica na base do fio. Cada fio recebe toda a influência do que o corpo fabrica. Cuidados especiais são necessários nesse período. Não se deve, no começo da puberdade, abusar dos tratamentos químicos.
Aos 20 anos, os cabelos ainda estão íntegros. A destruição da queratina pelo Sol e pelos tratamentos químicos ainda não é total! A haste capilar está forte e a densidade está preservada.
Para manter os cabelos saudáveis, deve-se lavá-los em dias alternados, com a temperatura da água de cerca de 20oC e com a água caindo sobre os cabelos por um tempo máximo de três minutos.
Pode-se usar secador e, eventualmente, chapinha, ambos com íons. E fazer hidratação, mas sem abusar dos tratamentos químicos que “mandarão a conta” no futuro.
Usar produtos que contenham filtro solar (como shampoo ou condicionador do tipo sem enxágue). Utilizar condicionadores com queratina ou derivados do silicone.
Evitar o excesso de tinturas e de outros tratamentos químicos, como escova progressiva com ou sem formol. Já aos 30 anos, os cabelos estão um pouco “cansados”, provavelmente por causa dos tratamentos químicos e da exposição ao Sol. A cutícula provavelmente já não está tão íntegra. Os cuidados com a lavagem devem ser iguais aos que se tinha aos 20 anos.
Cauterização química e queratinização podem ser necessárias para corrigir os estragos causados pelas agressões físicas e químicas. Shampoos que sejam também portadores de queratina ou do tipo termoativados são úteis.
O uso de secadores deve sempre atender à necessidade mínima (duas vezes por semana, por exemplo) e o da chapinha deve ser limitado. Escovas (simples) podem ser feitas, mas sem muita agressividade ao realizá-la.
A partir dos 40 anos, os cabelos terão sido muito mal-tratados pelo tempo, o Sol, o vento e os tratamentos químicos em geral. A cutícula já estará mais aberta e não manterá mais o brilho sem a ajuda de alguns procedimentos.
Cuidados de lavagem (dias alternados, temperatura baixa e shampoo adequado).
Cuidados com a cutícula. Cortes regulares (a cada dois meses, no máximo, para as pontas) e aplicação de produtos que mantenham a hidratação ou recuperem a cutícula (banhos de óleos, hidratação profunda e cauterização com nanoqueratinas ou queratinas vegetais).
Não abusar do secador ou da chapinha, nem das escovas com o secador muito quente. Procurar não agredir a haste capilar com tratamentos químicos muito agressivos (escova progressiva ou francesa, formol, entre outros).
Durante a gravidez, a mulher experimenta mudanças em seu corpo e, em especial, nos hormônios. Nessa época os hormônios femininos tomam conta do corpo e agem mais intensamente sobre os cabelos. Assim, a grávida vai experimentar melhora na penteabilidade, no brilho e na forma dos fios. Eles podem mudar: de crespos passarem a ser lisos, e vice-versa.
Infelizmente, isso tudo acaba com o parto. Após o parto, existe uma queda considerável dos cabelos, que acontece depois de três ou quatro que o filho nasce, chamada de eflúvio telógeno pós-parto. Ela é reversível espontaneamente, mas pode ser tratada com medicamentos.
Em tempo: mulheres grávidas podem tingir os cabelos!
Pesquisa:Internet
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