31 de julho de 2022

 

 Postagem 4.116

BEDIN V.I.P

PROF.DR.VALCINIR BEDIN


 Prof. Dr. Valcinir Bedin, MD, MSc, Phd, PD
Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Tricologia
Células-tronco e tricologia

Novembro/Dezembro 2013
Valcinir BEDIN
colunistas@tecnopress-editora.com.br

Existem dois tipos de célula-tronco: as embrionárias e as adultas.

As células-tronco chamadas de embrionárias surgem nos primeiros dias do desenvolvimento de um embrião e têm potencial para se diferenciar ou se especializar em cada um dos 200 tipos de tecido do corpo.

As células-tronco adultas são células não especializadas encontradas em tecidos de todo o corpo, incluindo a medula óssea, a pele e o pâncreas. Elas podem reproduzir-se, assim como dar origem a todas as células dos tipos de tecido em que se encontram. Os cientistas estão trabalhando para aproveitar as propriedades naturais das células-tronco com o objetivo de desenvolver formas de reparar ou substituir as células dos tecidos e dos órgãos danificados.

É difícil localizar as células-tronco. Saber o número de células-tronco permite que os investigadores procurem moléculas de superfície ou marcadores que distinguem as células-tronco de células especializadas.

Usando um ensaio de células-tronco da pele, pesquisadores descobriram que a camada inferior da pele, chamada epiderme basal, tem o mesmo número das células-tronco encontradas na medula óssea: cerca de 1 em cada 10.000 células. O isolamento de células-tronco da pele poderá permitir o tratamento de feridas, incluindo queimaduras, por meio do transplante dessas células diretamente para a área danificada.

Além disso, o isolamento das células-tronco da epiderme permitirá que os investigadores possam compreender o processo pelo qual as células da pele se diferenciam e, uma vez que o câncer de pele se origina provavelmente em células-tronco, conhecer melhor esse problema.

Baseando-se nos dados atuais, nossa hipótese é que a pele, tanto células epidérmicas quanto tecidos dérmicos, podem servir como um reservatório de células-tronco.

Dada a sua fácil acessibilidade, as células-tronco da pele não só poderão proporcionar um modelo experimental para a biologia da pele, mas também fornecer um modelo experimental para estudar a interação epitélio-mesênquima de vários outros órgãos. As populações de células estaminais em tecidos da pele poderão ter implicações terapêuticas extensas na substituição de pele e servir como uma fonte alternativa de células estaminais para muitos outros órgãos.

Há numerosos estudos que visam determinar se melanócitos (ativos ou inativos) ou células com potencial melanogênico (melanoblastos e células-tronco) são residentes em lesões de vitiligo. A resposta a essa questão permanece ambígua e alguns estudos relatam a completa ausência de células de natureza melanocítica, enquanto outros relatam a presença de células que podem ser cultivadas. Uma abordagem racional desse problema seria a tentativa de estabelecer com maior precisão o grau de perda de melanócitos e usar esse resultado para orientar o clínico a realizar a terapia mais adequada.

As células-tronco desempenham papel crítico na manutenção do tecido normal, e mutações nessas células pode dar origem ao câncer. Na estética, o futuro das células-tronco reside na área de produção de novas células produtoras de colágeno e elastina.

Possivelmente, serão retiradas as células-tronco que dão origem a essas fibras, e, após essas células serem cultivadas, serão reimplantadas nos locais em que sejam necessárias, como rugas, sulcos e cicatrizes.

Células do cabelo e do folículo da pele, tanto na derme quanto na epiderme, são consideradas células-tronco, pois podem sofrer diferenciação para gerar linhagens de células múltiplas. Na anatomia do folículo piloso existe uma área chamada “bulge”, na qual se acredita que residam queratinócitos com capacidade de reproduzir e estimular novas células. Essas células são responsáveis pelo ciclo capilar e, portanto, estruturas essenciais para a concretização da ideia de criar um banco de folículos que poderão, em um futuro próximo, ser responsáveis por transplantes de cabelo em pacientes com área doadora muito exígua.

Muito recentemente, tivemos a notícia de que, nos Estados Unidos, um grupo de tricologistas conseguiu reproduzir, em ratos, folículos pilosos humanos que antes teriam sido colocados em pele humana (entre a derme e a epiderme). O conjunto desses folículos foi enxertado nos ratos. Essa é outra técnica que poderá ajudar pacientes com pouca área doadora. Mas, infelizmente, nenhuma das técnicas citadas são passíveis de ser usadas em seres humanos.


Pesquisa:Internet

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