19 de junho de 2023


Postagem 4.554

BEDIN V.I.P.

ANDRÉ BEDIN PIRAJÁ

André BEDIN Pirajá

Por cidades com menos carbono, menos comida e menos pessoas


Especial para o BSM
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19 de Maio de 2023 às 15:54

Colunista André Pirajá explica as estratégias que os políticos brasileiros e órgãos internacionais estão implantando para controlar a nossa vida, o nosso trabalho e o nosso futuro

André Pirajá

Durante o Fórum de Competitividade, promovido pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) e pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, no último dia 17 de maio, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), reafirmou a importância da sustentabilidade para o futuro do país com a seguinte pergunta: “Onde é que fabrico bem, barato e compenso as emissões de carbono?”

Ao responder a si mesmo que “o Brasil é imbatível”, ele não apenas sinalizou a todos os players mundiais sua adesão irrestrita à Agenda 2030, mas especialmente a pauta gentilmente apelidada de Mercado de Cobrança de Carbono.

Dos presentes, além de uma figurinha carimbada quando o assunto é controle mundial, o Sr. Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial, também estavam presentes diversos figurões, entre os quais, a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá, e diversos parlamentares e governadores.

Para que você compreenda como isso afetará sua vida, seu estabelecimento, sua alimentação e até mesmo seu deslocamento diário, tentarei compilar as principais pautas defendidas por estes agentes e como elas vão garantir o controle da sua vida no futuro.

Como agente financeiro e catalizador da agenda de controle mundial, Klaus Schwab inúmeras vezes enfatizou a necessidade de um Great Reset. A ideia principal seria a construção de uma nova gestão da sociedade mundial, de forma centralizada, preservando o futuro das gerações.

Dentre as iniciativas defendidas por seus parceiros ─ que são muitos  ─, está a necessidade de criação de “cidades inclusivas e sustentáveis”. Utilizando a pauta do aquecimento global ─ ou “mudanças climáticas” nos anos em que o mundo não está aquecendo ─, o apelo é garantir o desenvolvimento sustentável da sociedade. Afinal, como ressalta a própria instituição, “as cidades em todo o mundo respondem por quase 75% das emissões totais de carbono”.

Mas o objetivo não é somente esse! Ainda que as cidades respondam por 75% da contabilização das emissões, as emissões individuais são responsáveis por 40% deste valor, ou como exposto no projeto My Carbon, “a inclusão dos cidadãos está se tornando o elemento mais importante de sucesso ou fracasso na jornada rumo à sustentabilidade”.

Ao que parece, a busca não é pela criação ou não de modelos produtivos sustentáveis; o foco está na implementação de tecnologias capazes de permitir o rastreamento de emissões pessoais de carbono e controlar as escolhas individuais com base em elementos “éticos” de baixo carbono para o consumo de produtos e serviços.

Se você acredita que isso não está ocorrendo, basta uma simples olhada no seu aplicativo do banco ou na compra de passagens aéreas que você perceberá quanto sua escolha “ética” produziu de carbono.

Onde a Embrapa e os políticos se encaixam nisso tudo? Não é possível contabilizar as emissões individuais se os produtos ou serviços a serem adquiridos não sofrerem o mesmo controle. É sabendo desta necessidade de quantificação e verificação de emissões de gases do efeito estufa que Projetos de Lei, como o 412/2022 em trâmite no Senado Federal, precisam ser aprovados previamente. Se bem que no Brasil algumas leis são “criadas” pelo Judiciário mesmo!


Com a regulamentação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, ou melhor, a criação do Mercado de Cobrança de Carbono, todas as emissões supostamente danosas ao mundo geradas pelas atividades de geração e distribuição de energia elétrica, transporte público e transporte de cargas e passageiros, na indústria, na mineração, na construção civil, nos serviços de saúde e na agropecuária ─ ou seja, tudo ─ passará a ser quantificado e fiscalizado pelo Estado.

Dentre os players nacionais, confesso que a Embrapa está fazendo o melhor trabalho. Se não bastasse as diversas pesquisas para quantificar, sugerir meios de produção mais eficientes ao clima, certificação de agricultura de baixo carbono e, até mesmo, criar um mecanismo de quantificar o carbono no solo das propriedades rurais, prega abertamente a necessidade da produção de proteína animal e produtos vegetais de baixo carbono.

 Com a criação de um mercado regulado e tecnologia para quantificação das emissões individuais de todas as empresas e produtores rurais, será possível influenciar na escolha do transporte, consumo de energia e até padrões alimentares, tudo com base na sua pegada de carbono, ou você acha que a proteína de inseto está sendo normalizada por qual razão?

O Mercado de Carbono é o novo Crédito Social Chinês, que controlará individualmente as condutas individuais e sua submissão aos ditames de responsabilidade social que a ONU e seus asseclas acharem que devem ser implementados.

Por fim, mas não menos importante, o papel dos governadores já está em andamento faz tempo. Como exemplo, o Estado do Paraná tem investido tempo e recursos financeiros em projetos Smart City, os quais são uma cópia das cidades inteligentes propostas pelo Fórum Econômico Mundial. Sob o fetiche linguístico de desenvolvimento sustentável das cidades, o Governo do Paraná adere aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 da ONU.

Da mesma forma que o governo comunista chinês rastreia individualmente as pessoas ─ até mesmo enviando alertas de “supostos” inimigos do Estado que não estão “socialmente alinhados” com o governo ─ no Brasil a tecnologia de reconhecimento fácil está sendo implementada para sua segurança. Confia!

Se até em escolas dados biometria e reconhecimento facial estão sendo usados e enviados para bancos de dados centrais, o que dizer das câmeras instaladas nas ruas para “garantir a segurança dos cidadãos”? Todas essas condutas, ao que parece, estão alinhadas mundialmente, basta ver o reconhecimento que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deu ao Estado do Paraná.

Afinal, o que seria da competitividade brasileira sem um avanço tecnológico que garanta seu alinhamento mundial aos aspectos sociais, ambientais e econômicos?

— André BEDIN Pirajá é advogado, produtor rural e fundador do Movimento Produtores Rurais Pela Liberdade.


Pesquisa:Internet

 

 

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