2 de dezembro de 2024

 

Postagem 5.930

BEDIN V.I.P.

PROF.DR. VALCINIR BEDIN


Prof. Dr. Valcinir BEDIN, MD, MSc, Phd, PD

Registros
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – 39013
Registro de Qualificação de Especialista em Dermatologia –85178
Registro de Qualificação de Especialista em Nutrologia – 49981

Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Tricologia
Pelos e sexualidade
Julho/Agosto/Setembro 2024
Valcinir BEDIN

olunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN 

Hoje em dia, os pelos corporais são con- siderados auxiliares na ampliação da extensão do corpo. Assim, os pelos da cabeça, conhecidos como cabelos, não teriam nenhuma função fisiológica vital, mas, com certeza, têm uma função estética enorme. Existem estudos que mostram que os cabelos são vistos como parte integrante da consciência corporal e, ao perdê-los, o indivíduo tem um sofrimento emocional muito grande.

Também é de conhecimento geral que os cabelos têm uma função de atração sexual intensa, mais da parte das mulheres, mas também dos homens. A história dos cabelos mostra que, desde a Roma Antiga, deixar os cabelos da cor do ouro era um costume muito comum entre a nobreza local. Hoje sabe-se que os cabelos loiros, especialmente nas mulheres, exercem um poder de sensualização. Um estudo norte-americano mostrou que uma mesma mulher, com perucas diversas, de cabelos escuros, ruivos e loiros, quando colocada na mesma situação, recebeu diferentes abordagens. Primeiramente, ela frequentou um bar para avaliar em quanto tempo seria abordada com cada peruca diferente. Quando estava com a peruca loira, bastou um minuto para isso acontecer. Já com a peruca escura, levou mais de uma hora para isso ocorrer. A mesma modelo ficou próxima de um carro aparentemente quebrado no acostamento de uma estrada. Quando estava com a peruca loira, foi instantanea- mente socorrida. Com a peruca escura, ficou mais de uma hora esperando alguém parar, o que não ocorreu.

Podemos dizer que são valores culturais e antropológicos, mas o fato é que os cabelos representam um papel muito importante na atração sexual.

E os outros pelos corporais? Qual a sua importância e quais cuidados devemos ter com eles. Para começar, podemos classificar os pelos do corpo com a relação que eles têm com os hormônios sexuais. Temos então pelos com alta relação hormonal, com baixa relação hormonal e sem nenhuma relação hormonal. A título de explicação didática, vamos aos mais importantes. Alta relação são os pelos que se mostram diferentes nos homens e nas mulheres, como os pelos faciais, por exemplo. Homens apresentam barba e mulheres não deveriam tê-la. Baixa relação hormonal se dá, por exemplo, nos pelos pubianos, que têm uma distribuição diferente nos homens e nas mulheres. Já nenhuma relação com os hormônios vamos encontrar nas axilas, que, por mais que pareça distinto, não há diferença entre os sexos.

E o hábito da depilação? É uma prática mais comum no ocidente e remonta a priscas eras. Há relatos de que a rainha Cleópatra já utilizava um método de extração dos pelos, conhecido até hoje como cera egípcia. O costume de mulheres (e alguns homens) tirarem os pelos corporais é totalmente baseado na cultura, não havendo substrato científico para tal procedimento. Em que pese que, recentemente, foi publicado um estudo que afirmava que pessoas que se depilavam teriam mais doenças sexualmente transmissíveis do que aquelas que não se depilavam. Este trabalho deve ser visto com restrições pois não levou em conta vários fatores que podem estar envolvidos, como nível de atividade sexual, por exemplo.

Os cuidados com os cabelos têm um arsenal de produtos que vêm sendo usado por décadas e, a cada dia, aparece uma inovação no mercado. Desde o básico, como shampoos e condicionadores, até os tratamentos mais sofisticados para reparação da haste. Da limpeza até a reconstrução das cutículas, para melhorar o brilho (que nada mais é do que a capacidade de refletir a luz), passando por produtos que alteram o formato das hastes transformando um fio encaracolado em liso e vice-versa, temos uma miríade de ótimos representantes no mercado.

O que ainda falta? Para mim, o novo paradigma é criar um produto que proteja os fios de agressões externas (já temos alguns no mercado) e – mais difícil, mas não menos importante – das agressões internas do corpo.

Com relação aos pelos corporais, temos que lembrar que os cuidados têm que ser ainda maiores, especialmente com os pelos periorificiais, como pelos pubianos e cílios e sobrancelhas. Nestes locais, não podemos aplicar qualquer detergente e, ao redor dos olhos, os cuidados têm que ser redobrados. Não só com a limpeza, mas também com produtos cosméticos, como tinturas e perfumes, é muito difícil formular para estas áreas, uma vez que as diferenças pessoais são muito grandes.

Quando abordamos o tópico de depilação, ficamos um pouco tristes, pois não vislumbramos coisas inovadoras. Ainda se utiliza a cera como maior produto na área. Evoluímos até o laser, com uma falácia que diz que a depilação feita com estas máquinas seria definitiva, mas não. O correto é dizer que o laser promove uma depilação de longa duração. Mas ainda estamos aguardando que algum abnegado cientista descubra um método que nos afaste de ceras doloridas ou lâminas cortantes.

Como podemos perceber, o caminho está aberto a novidades e, com certeza, a um mercado sempre promissor.


Tradução:Google
Pesquisa:Internet

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