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BEDIN V.I.P.
PROF.DR.VALCINIR BEDIN
Registros
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – 39013
Registro de Qualificação de Especialista em Dermatologia –85178
Registro de Qualificação de Especialista em Nutrologia – 49981
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA
Tricologia
A IA e a tricologia
Outubro 2024
Valcinir BEDIN
colunistas@tecnopress-editora.com.br
Valcinir BEDIN
Parece que o futuro chegou! Quando, há 50 anos, víamos na televisão filmes de ficção científica ou mesmo desenhos animados mostrando como seria a vida dali a muitos anos, não poderíamos dizer que o futuro seria em 2024. Mas aqui estamos, convivendo com essa tecnologia em constante evolução em todas as áreas
Há alguns anos, fui convidado, por uma grande empresa de cosméticos, para fazer parte de um brainstorm com vários profissionais que trabalhavam com cabelos. Éramos um grupo bem diversificado: químicos, farmacêuticos, manipuladores, cabeleireiros e médicos. Foi-nos dada a tarefa de discutir qual seria o futuro deste enorme setor que é o dos cuidados com os cabelos. Chegamos a algumas conclusões que, hoje vejo, já existem e a outras que, com certeza, deverão aparecer muito em breve.
Uma delas era a criação e o desenvolvimento de uma impressora de cabelos. O programa veria como é o cabelo do usuário e reproduziria uma quantidade de fios preestabelecida. Outra era fazer análises com citometria digital computadorizada da haste capilar. Seria uma avaliação celular da haste com o intuito de descobrir o que estaria faltando no fio, para então suplementar.
Com o surgimento da IA, a nossa imaginação pode se soltar. Os formuladores podem sugerir o que quiserem, e alguém tem que achar um caminho que leve a sua execução.
As ferramentas que estão disponíveis podem ajudar muito quem lida com este anexo da pele considerado ator principal no teatro da autoestima. Mas vamos discutir aqui as possibilidades que a IA tem para nos ajudar nesta seara. Não é de hoje que cabe- leireiros usam imagens, como fotos, por exemplo, para orientar seus clientes na escolha do melhor penteado ou da melhor cor para os cabelos. A diferença fundamental agora é que o profissional pode, com o uso de um computador ou de um telefone celular, inserir a fotografia do cliente e fazer as simulações que queira fazer. Existem vários aplicativos que fazem isso de ma- neira rápida e segura.
Mas a inteligência artificial não para por aí. Ela pode ser muito útil no diagnóstico de alterações dos cabelos e do couro cabeludo não só fornecendo informações sobre o problema, mas também oferecendo ajuda para corrigi-lo. Existem programas que, através de comandos de voz, podem “ouvir” a queixa do usuário e sugerir tratamentos. É como se o cliente estivesse falando com o profissional.
Recentemente, uma gigante da área desenvolveu um secador e um programa de computador acoplado que orienta quanto e como ele deve ser usado. De maneira muito simples, o programa analisa os cabelos e dá seu parecer. Como auxílio, a ferramenta pode ser bem-vinda, mas não deve substituir o contato humano.
A IA pode ser um instrumento muito valioso quando falamos de pesquisa e desenvolvimento. Ela pode quantificar as necessidades de uma determinada população e sugerir formulações, serviços e aparelhos para resolver a questão. Com a IA, podemos simular várias situações que não poderiam ser feitas in vivo ou sem utilização de modelos animais. Apenas esta última ação já justificaria a sua existência.
Hoje em dia, temos vários programas que atuam na área dos cosméticos fazendo uma avaliação da pele do usuário e recomendando tratamentos individualizados, mas vale lembrar que a responsabilidade final é do profissional que opera o instrumento.
Na tricologia médica, a IA já está sendo útil no auxílio dos diagnósticos das doenças do cabelo e do couro cabeludo através de comparações automáticas feitas entre as imagens das lesões estudadas. Existem programas que auxiliam no diagnóstico e sugerem tratamentos. É importante lembrar que a figura do médico não pode ser descartada, assim como a presença do profissional adequado a cada etapa do processo. Precisamos ter em mente que o ser humano é quem tem que tomar a decisão final – e não uma máquina que, hoje sabemos, pode aprender coisas independentemente do programador.
É como se ela tivesse vontade própria! Mas quem sabe quais critérios ela está usando para chegar àquela conclusão? E existe sempre a questão da segurança. A IA pode ser invadida por pessoas que querem prejudicar outras. Será que temos tranquilidade para aceitar qualquer recomendação?
Não acredito que o ser humano poderá um dia ser substituído pela máquina, mas é importante lembrar que não podemos terceirizar nossas responsabilidades. Quando um formulador autoriza a produção de determinado produto, é o nome dele que vai aparecer – e não o da máquina –, e o objetivo final do seu trabalho é fazer o bem para o usuário final.
Novas tecnologias são sempre bem-vindas, mas todo cuidado se faz necessário quando estamos falando de vidas humanas. Acreditar mais nas informações que vêm das máquinas do que na experiência de um ser humano não me parece uma boa forma de vida.
Tradução:Google
Pesquisa:Internet
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