15 de agosto de 2017

Postagem 1.948

BEDIN V.I.P.

PROF.DR. VALCINIR BEDIN


- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele  






Obesidade quadruplica em países em desenvolvimento, diz relatório

Quase um bilhão de pessoas que vivem em em países como Índia e Brasil estão acima do peso.
O número de adultos acima do peso ideal ou obesos nos países em desenvolvimento quase quadruplicou desde 1980, diz um relatório divulgado hoje na Grã Bretanha.
De acordo com o estudo, quase um bilhão de pessoas vivendo nesses países - nações como China, Índia, Indonésia, Egito e Brasil - estão acima do peso.
O relatório prevê um "enorme aumento" em casos de ataques cardíacos, derrames e diabetes à medida que os hábitos alimentares no mundo em desenvolvimento se aproximam dos padrões de países desenvolvidos, com mais consumo de açúcar, gordura animal e alimentos industrializados na dieta.
O estudo, feito pelo Overseas Development Institute, um dos principais centros de estudo sobre desenvolvimento internacional da Grã-Bretanha, comparou dados de 1980 com dados de 2008, e verificou que na América Latina, por exemplo, o percentual de pessoas acima do peso recomendado era de 30% em 1980 e de quase 60% 18 anos depois.
Gorduras saturadas têm grande impacto sobre o aumento dos níveis de colesterol. VERDADE: "Nós absorvemos metade do colesterol que ingerimos na dieta. A absorção de gordura saturada tem efeito direto sobre as taxas de colesterol, e o consumo de gordura trans, além de aumentar este índice, ainda diminui os patamares do bom colesterol. Por isso, entendemos que estas duas gorduras são muito prejudiciais", diz a nutricionista Vanderli Marchiori. A colega Natana Martins completa dizendo que são gorduras inflamatórias e que comprovadamente aderem às paredes de vasos e artérias, aumentando os riscos de doenças coronarianas.
Globalmente, o percentual de adultos que apresentavam sobrepeso ou obesidade - que têm um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 25 - cresceu de 23% para 34% entre 1980 e 2008. Em números absolutos, isso representa um crescimento de 250 milhões de pessoas em 1980 para 904 milhões em 2008.
A maior parte deste aumento foi visto no mundo em desenvolvimento, especialmente nos países onde os rendimentos da população cresceram, como o Egito e México.
O relatório do ODI diz que a composição das dietas nestes países mudou de cereais e grãos para o consumo de mais gorduras, açúcar, óleos e produtos de origem animal.
Isso se compara a 557 milhões em países de alta renda. No mesmo período, a população mundial quase dobrou.
Ao mesmo tempo, no entanto, a subnutrição é ainda reconhecida como um problema para centenas de milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento, particularmente as crianças.
As regiões do Norte da África, Oriente Médio e América Latina apresentaram grandes aumentos nas taxas de sobrepeso e obesidade, para cerca de 58% da população geral, um nível em pé de igualdade com a Europa.
Enquanto a América do Norte ainda tem o maior percentual de adultos com excesso de peso, 70%, regiões como a Austrália e sul da América Latina não ficam muito atrás, com 63%.
O maior crescimento em pessoas com sobrepeso ocorreu no sul da Ásia oriental, onde a percentagem triplicou a partir de um ponto de partida mais baixo, de 7%, para 22%.
Entre os países, o relatório descobriu que a taxa de sobrepeso e obesidade quase dobrou na China e no México, e aumentou em um terço na África do Sul desde 1980.
Muitos países do Oriente Médio também registraram um alto percentual de adultos com excesso de peso.

'Publicidade, influências da mídia'
Um dos autores do relatório, Steve Wiggins, apontou para várias razões explicando os aumentos.
"Com renda mais alta, as pessoas têm a possibilidade de escolher o alimento que eles querem. Mudanças no estilo de vida, o aumento da disponibilidade de alimentos processados, publicidade, influências da mídia... tudo isso levou a mudanças na dieta", adverte.
Wiggins vê o fenômeno especialmente em economias emergentes, onde uma maior classe média vive em centros urbanos e faz pouco exercício físico.
O resultado, diz ele, é "uma explosão de sobrepeso e obesidade nos últimos 30 anos", o que poderia levar a sérias implicações para a saúde.
O estudo cita países que conseguiram evitar aumentos da obesidade graças à valorização de dietas tradicionais à base de cereais e vegetais, como Peru e Coreia do Sul.

Mitos e verdades
As frituras deveriam ser abolidas totalmente do cardápio. MITO: de acordo com Valcinir BEDIN, não devemos ser radicais na nutrição. "É claro que um alimento cozido é melhor que o frito, mas o sabor não é o mesmo e isso deve ser considerado. O que não pode, obviamente, é ingerir tudo frito!" Quer dizer, comer uma porção de batatinha dourada a cada 15 dias, por exemplo, não fará mal, caso o resto do cardápio seja saudável. A restrição total de frituras vale nos casos em que o indivíduo tenha que perder peso ou diminuir os níveis de colesterol e triglicérides no organismo.

Os pratos gordurosos demoram mais para serem digeridos e, por isso, devem ser evitados à noite. VERDADE: "A quebra da molécula de gordura é mais difícil, o que faz com que a digestão seja demorada", explica Fábio Bicalho. O quadro fica ainda mais delicado porque, perto da hora de dormir, o processo digestivo tende a ficar lento. E tem mais, o aumento na produção de ácido clorídrico, no estômago, favorece o aparecimento de azia. Então, já sabe: à noite, vale investir em pratos leves, como sopas e saladas

Tanto faz ingerir gordura do frango ou do boi: ambas são saturadas e prejudiciais. VERDADE: ambas são de origem animal e podem fazer mal, realmente. "Mas a de frango contém menos colesterol", considera Fábio Bicalho, que completa: "moderação e diversificação são as palavras de ordem"

Em hipótese alguma podemos reutilizar um óleo vegetal depois de aquecido.VERDADE: mesmo o mais saudável dos óleos se torna perigoso na reutilização. Isso porque há transformação da gordura em trans e em outras substâncias lesivas para o organismo, como a croleína, que agride as mucosas de uma maneira geral e pode, futuramente, dar início a um câncer. "Os óleos ficam cada vez mais saturados, produzindo compostos cancerígenos", adverte Fábio Bicalho

Pessoas magras jamais terão problemas com colesterol. MITO: "Existem muitos indivíduos sem problemas de peso com colesterol alto, precisando inclusive tomar remédio para regular as taxas", diz Valcinir BEDIN. Se a dieta for pobre em nutrientes e à base de itens danosos, com alta ingestão de carboidratos, aumentam os triglicerídeos e o LDL. É imprescindível, então, que qualquer pessoa com colesterol elevado, seja magra ou gorda, não extrapole nas gorduras saturadas (carnes, manteiga, queijos) e trans (biscoitos recheados, sorvetes, produtos industrializados)
BB
Ingerir muita gordura piora a acne, especialmente as espinhas. MITO: segundo Valcinir BEDIN ,não existe relação entre a produção de gordura pela glândula sebácea, que leva à acne, e a ingestão de alimentos gordurosos. Porém, claro, se a pessoa tiver problemas de pele, deve sempre investir numa alimentação saudável e equilibrada

O óleo de coco deveria substituir os outros óleos na alimentação, pois é benéfico para o organismo. MITO: "Em excesso, faz mal como os outros tipos de gordura", diz Wilmar Accursio. Se quiser lançar mão com parcimônia, acrescente-o aos alimentos que serão cozidos ainda sólido ou derretido, e aqueça-o a uma temperatura sempre menor que 180ºC. Quanto aos seus benefícios como a ação termogênica, que ajuda na queima de calorias, a defesa do sistema imunológico e a melhora na flora intestinal, só devem ser levados em conta se não houver exagero no uso

Tanto o abacate como o coco são frutas muito gordurosas, porém é gordura boa, por isso podem ser consumidos à vontade. MITO: ambos devem ser usados com parcimônia. "O abacate tem gordura insaturada e ômega 6, que são bem-vindos, mas é uma fruta calórica e, ingerida em excesso, predispõe à obesidade", argumenta Wilmar Accursio. O coco, por sua vez, tem ácidos graxos saturados, que aumentam os níveis de colesterol

O chocolate diet não têm gordura e engorda menos. MITO: há dois tipos, o diet e o light. No primeiro, o açúcar é substituído pelo adoçante e, para preservar a consistência e torná-lo palatável, o fabricante muitas vezes adiciona gordura à fórmula; já o light traz a redução de 25% de algum nutriente específico ou do valor energético, o que vem escrito na embalagem. "O ideal é observar o informe nutricional. Alguns são acrescidos de açúcar, outros apresentam mais lactose. Recomendo ingerir o amargo sem adição destes dois componentes", sugere Fábio Bicalho

Algumas gorduras trazem benefícios nutricionais reais e são uma fonte de energia para o corpo. VERDADE: além de serem essenciais para o estoque de energia do organismo, as gorduras insaturadas elevam o nível do colesterol bom (HDL) e reduzem o colesterol ruim (LDL) que circulam no sangue, o que ajuda a prevenir a criação de placas de gordura no interior de veias e artérias, que poderiam causar hipertensão arterial, infarto e derrame cerebral. "Elas também são importantes para a síntese de outras substâncias, ou para o melhor funcionamento destas, como as vitaminas lipossolúveis, as lipoproteínas e alguns hormônios sexuais que dependem da existência da gordura para terem um funcionamento ideal", explica o nutricionista Fábio Bicalho

A elevada ingestão de alimentos ricos em gordura ruim, aliada ao excesso de peso e sedentarismo, faz crescer o risco de desenvolver doenças cardiovasculare. VERDADE: comer muitos alimentos com gordura saturada ou trans leva à formação de placas nos vasos e, consequentemente, ao desenvolvimento de doenças. "Este quadro favorece a hipertensão e aterosclerose, além de males cardiovasculares como angina, infarto e acidente vascular cerebral", salienta o nutrólogo Wilmar Accursio

O colesterol é maléfico ao organismo e deveria ser abolido da alimentação. MITO: ele é essencial para as células e desempenha papel importante na formação das mesmas, tanto as cerebrais quanto as nervosas e hormonais. "E, embora grande parte do colesterol seja fabricado pelo fígado, precisamos de ajuda externa para manter os níveis adequados", atesta Valcinir BEDIN, O excesso, sim, é ruim, pois constitui um fator de risco para doenças coronárias que provocam infartos e ataques cardíacos. Na hora de compor o prato, vale lembrar dos alimentos que trazem o mau colesterol (LDL) e o bom colesterol (HDL), para fazer as escolhas certas.

Alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, têm a origem associada ao consumo excessivo de gorduras saturadas. VERDADE: há alguns anos, a classe médica vem estudando a relação entre o câncer e a alimentação que prioriza as gorduras maléficas, saturada e trans. A explicação: elas levam o organismo a produzir mais radicais livres, moléculas que causam danos tanto no DNA como nas estruturas celulares. Dessa forma, os genes do organismo perdem a capacidade de barrar o aparecimento e a progressão da doença. "Já está provado que há um componente inflamatório molecular, na formação de cânceres, estimulado por radicais livres e pelas gorduras", diz Accursio

O melhor óleo para cozinhar é o de canola. MITO: "Vários óleos são bons para cozinhar, como os de girassol, milho e até o de soja", diz Valcinir BEDIN. Mas não há contraindicação ao uso exclusivo do de canola, que traz gorduras poliinsaturadas como os ácidos graxos ômegas 3 e 6, além de vitamina E, poderoso antioxidante que combate os radicais livres. Tais elementos, é bom informar, também estão presentes no de soja e girassol

Comer alimentos com gordura eleva mais o peso do que ingerir itens com proteínas ou carboidratos.VERDADE: cada grama de gordura tem 9 calorias, enquanto são apenas 4 na mesma quantidade de proteínas e carboidratos. "Na hora da escolha, devemos levar em conta, também, o nível de saciedade: em primeiro lugar estão as proteínas, em segundo os carboidratos e na lanterninha as gorduras", ressalta Wilmar Accursio

O azeite de oliva só traz benefícios para o organismo. MITO: embora tenha muitas propriedades boas, se ingerido em excesso pode trazer prejuízos, como o excesso de peso. "Trata-se de um elemento gorduroso que pode ter os mesmos efeitos negativos de outro óleo se a pessoa exagerar: problemas na digestão e na balança e, eventualmente, alterações do colesterol ou de outros lipídeos, como triglicérides", diz Valcinir BEDIN.

Azeite de oliva pode ser usado sem limites. MITO: Claro que, se for incluído na dieta com moderação, é um ótimo componente, mas em excesso, como falado, traz problemas! Extraído da azeitona e rico em vitaminas A, D, K e E, ele ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, reduz o colesterol, favorece a fixação de minerais como cálcio e retarda o envelhecimento. Acredita-se, também, que é importante na prevenção do câncer pela sua ação antioxidante: ao inibir a formação de radicais livres, combate o crescimento de tumores, lesões e inflamações

Pensando em reduzir a gordura da alimentação, vale sempre a pena trocar a carne de boi (vermelha) pelo peixe (branca). VERDADE: "É uma boa estratégia, embora não seja a principal, pois há inúmeras outras fontes de gordura que podem ser reduzidas ou eliminadas, como restringir o consumo de biscoitos, sorvetes e demais alimentos industrializados", diz Wilmar Accursio, endocrinologista e nutrólogo. Vale acrescentar que, nos peixes, você estará aumentando o aporte de gordura benéfica, como os ômegas 3 e 6

Entre manteiga e margarina, é melhor consumir a segunda, para evitar o colesterol e a gordura saturada. VERDADE: "Se puder, consuma a margarina sem sal", recomenda Valcinir BEDIN, lembrando que, novamente, é preciso cautela para não exagerar na dose. Para você entender bem: a margarina é de origem vegetal, enquanto a manteiga é de origem animal. Ambas têm gordura em sua composição, sendo que algumas margarinas contêm a trans e, por isso, devem ter seu consumo bastante restrito. "O ideal seria usar o azeite de oliva ou o óleo de gergelim, por exemplo", recomenda Fábio Bicalho, enfatizando que as sementes de gergelim oferecem um elevado valor nutricional pelas quantidades de vitaminas (complexo B, E) e minerais (cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, sódio, zinco e selênio)

Se eu aquecer o azeite, ele perde suas propriedades benéficas e vira um vilão para o organismo. VERDADE: ele deve entrar na alimentação sempre frio, dando um toque final em receitas de saladas, por exemplo. Caso seja submetido a uma temperatura superior a 180ºC, como em uma fritura, as gorduras benéficas que o compõem são modificadas e se tornam prejudiciais. "Os ácidos graxos insaturados perdem suas características boas", diz Wilmar Accursio

Quanto maior a temperatura e o tempo de aquecimento, mais nocivo se torna o azeite. Verdade: e isso vale também para os óleos. A maioria se degrada e libera substâncias danosas, como a acroleína, que destrói as fibras elásticas das artérias e irritam a mucosa do estômago. Para saber se o óleo da fritura está quente demais, observe se a frigideira solta uma nuvem de fumaça, sinal de que passou da medida. "Se possível, utilize o azeite e os óleos para refogar e assar alimentos ou regar saladas", propõe Fábio Bicalho

Pesquisa : Internet


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