25 de dezembro de 2022


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BEDIN V.I.P.

ALESSANDRA BEDIN

Alessandra BEDIN

Harry e Meghan falam sobre aborto e pensamento suicida em novos episódios da série documental da Netflix

Para o príncipe, a cobertura da mídia sobre a vida do casal teve uma grande parcela de culpa sobre a perda gestacional e a deterioração da saúde mental de sua esposa


16/12/2022 14h19  Atualizado há uma hora

Novos episódios da série documental Harry & Meghan, da Netflix, em que o casal conta a própria história, foram ao ar nesta quinta-feira (15), com declarações sobre uma das fases mais complicadas vividas pela dupla. Um aborto espontâneo e a deterioração da saúde mental de Meghan culminaram na decisão de abrir mão dos deveres de pertencer à realeza. Segundo Harry, a imprensa britânica pode ser culpada.

Meghan Markle e Harry falaram de aborto e saúde mental — Foto: Crescer

Meghan Markle e Harry falaram de aborto e saúde mental — Foto: Crescer



No sexto episódio da série, Meghan relembra a dolorosa perda gestacional que sofreu, em julho de 2020. Ela relata que, na época, vivia um momento difícil, com a mudança para a nova casa, em Santa Bárbara, na Califórnia, Estados Unidos, os problemas que tinha com seu pai e a cobertura da mídia, sobretudo dos tablóides britânicos.


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"Eu estava grávida. Eu realmente não estava dormindo. A primeira manhã em que acordamos em nossa nova casa foi quando abortei”, revelou.

Harry prosseguiu, dizendo: "Acredito que minha esposa sofreu um aborto espontâneo por causa do que o Mail fez". O príncipe se referia a uma matéria do Britain’s Mail. Em 2019, o tablóide publicou uma carta particular que Meghan havia enviado ao pai dela, Thomas Markle. Posteriormente, Meghan entrou com um processo na justiça contra o jornal e, depois de uma longa batalha, acabou vencendo.

“Eu assisti a tudo”, disse Harry. “Agora, sabemos, com certeza absoluta que o aborto espontâneo foi criado, causado por isso? Claro que não. Mas, tendo em mente o estresse que isso gerou, a falta de sono e o momento da gravidez, de quantas semanas ela estava, posso dizer, pelo que vi, que o aborto espontâneo foi fruto do que eles estavam tentando fazer com ela", afirmou o membro da família real.

Em 2020, depois de anos de uma relação tensa, Harry e Meghan cortaram relações com quatro dos maiores tablóides do Reino Unido: Daily Mail, Sun, Mirror e Express. O duque e a duquesa de Sussex notificaram os veículos por meio de uma carta, em que diziam que acreditam que a imprensa livre seja “a pedra angular de qualquer democracia”, mas que “existe um custo humano real” na maneira como os tablóides conduzem seus negócios.

No documentário, o casal também falou sobre saúde mental. No quarto episódio, Meghan contou que chegou a ter pensamentos suicidas, também por conta da cobertura da mídia, depois de uma viagem dos dois à Austrália. Ela explicou o que pensava: “Tudo isso vai parar se eu não estiver aqui. E essa foi a parte mais assustadora disso, foi um pensamento muito claro”, lembrou.

Doria Ragland, mãe de Meghan, também comentou esse difícil momento da vida da filha e disse que ficou com o coração partido quando Meghan contou que queria tirar a própria vida. “Ser constantemente perseguida por esses abutres, simplesmente atormentando seu espírito, ao ponto de fazê-la realmente pensar em não querer estar aqui… Não é fácil para uma mãe ouvir, sabe? E eu não posso protegê-la. Harry não pode protegê-la”, afirmou a mãe.

No início, Harry admitiu que teve dificuldades para lidar com o problema de saúde mental de sua mulher. “Eu sabia que ela estava lutando; nós dois estávamos lutando, mas nunca pensei que chegaríamos a esse estágio. O fato de ter chegado a esse ponto me deixou com raiva e vergonha”, contou Harry. “Lidei com isso como Harry institucional contra o marido Harry”, declarou.

Meghan disse que gostaria de ir a algum lugar buscar ajuda, mas não tinha permissão para isso, porque havia preocupações sobre como as pessoas iriam enxergar isso, diante da família real.

Aborto espontâneo pode ser causado por estresse?

 
Qual o risco para o bebê, afinal? De acordo com a ginecologista e obstetra Alessandra BEDIN, do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo, o estresse chegará ao bebê por meio de reações fisiológicas, isto é, da liberação de hormônios como cortisol e adrenalina. Essas substâncias preparam o nosso corpo para situações de perigo, mas quando o nível se torna elevado por muito tempo há riscos para a saúde. “Especialmente em função da adrenalina, pode ocorrer uma diminuição do fluxo sanguíneo na placenta, influenciando o crescimento do bebê”, explica a obstetra.

Além disso, estudos mostram que o estresse aumentaria a chance de parto prematuro. Já no início da gestação, o problema estaria associado ao aborto espontâneo – isso porque o cortisol afetaria os níveis de progesterona, hormônio que literalmente mantém a gravidez. O que explicaria também por que a ansiedade atrapalha quem está tentando engravidar.

Embora a maioria das pesquisas seja focada em situações de estresse crônico, como a perda de alguém, obstáculos do dia a dia também podem afetar negativamente o bem-estar da grávida. “Já que cada pessoa reage de um jeito diante de uma situação estressante, os efeitos também vão variar. Mas sempre há algum grau de prejuízo”, alerta Alessandra, do HIAE.


Tradução:Google
Pesquisa:Internet




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