BEDIN V.I.P.
PROF.DR.VALCINIR BEDIN
- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
Abordagem na Queda de Cabelos
Março/Abril 2005
Valcinir BEDIN
colunistas@tecnopress-editora.com.br
A queda de cabelos é uma queixa que (de acordo com pesquisa desenvolvida pela Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo) 60% das mulheres e 50% dos homens brasileiros têm. Para se fazer um bom diagnóstico é necessário, antes de mais nada, que se defina bem o que é queda de cabelo normal e anormal. Precisa-se saber se realmente estamos diante de um quadro de queda ou de um quadro de “quebra” de cabelos, o que consiste numa outra entidade.
O que o leigo define como queda é quando ele vê uma pequena massa esbranquiçada na ponta da haste, que costuma chamar de raiz. “Cai com a raiz” é a queixa comum. Esta pequena massa branca é mucina, uma proteína encontrada na extremidade dos cabelos, mas não é aquilo que se imagina ser “a raiz do cabelo”. Esta, a matriz, onde são produzidos os novos fios, não cai nunca.
Resolvida esta questão vamos ao segundo passo, que é saber se os cabelos estão caindo de forma irregular e em quantidade anormal. Um teste bastante fácil pode ser feito, introduzindo a mão, com os dedos separados, no meio dos cabelos. Fecha se a mão e percorre-se toda a extensão dos fios com esta. Se, ao final dos cabelos, tivermos mais de 6 fios na mão, estaremos diante de uma queda patológica. Menos que três, queda normal, e entre três e seis, dúvida. Este teste é chamado de “teste do puxamento leve”!
Definida a queda vamos buscar suas causas. Ficamos aí entre três possibilidades: a primeira, de caráter genético ou constitucional, o que pode ser esclarecido através de uma boa história familiar. É importante lembrar que a calvície é um processo relacionado a vários genes, e que tem relação com ambos os pais.
O segundo grupo envolve alguma alteração relacionada aos hormônios: hipófise, tireóide, supra-renal, ovários ou testículos. Qualquer pequena alteração nestas glândulas pode afetar os cabelos, ainda que não afetem outras partes do corpo.
Finalmente temos ainda o processo metabólico como um fator desencadeante de queda de cabelos. Precisamos avaliar as reservas de ferro, cobre e zinco, que, às vezes, estão dentro dos padrões da normalidade, mas não são suficientes para que o corpo faça novos fios de cabelos. Ainda neste bloco vamos encontrar o estresse ou o excesso de atividade física ou também regimes de exclusão (vegetarianismo, por exemplo), que podem levar a um desvio metabólico na direção da rarefação dos cabelos.
Se tudo estiver normal e mesmo assim o quadro de queda existe podemos solicitar uma biopsia do couro cabeludo. Para a avaliação da queda de cabelos hoje existe uma técnica especial de biopsia, chamada de corte transversal, na qual o patologista experimentado consegue avaliar com presteza que tipo de queda temos naquele caso.
O bom em tudo isso é que hoje podemos contar com um arsenal terapêutico bastante amplo do qual podemos lançar mão para reparar algum desvio ou até mesmo para contornar a expressão dos genes.
Pesquisa:Internet
Cosmetics Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário