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BEDIN V.I.P.

SHIRLEY APARECIDA BEDIN RANIERI

“A mulher dos carros rosa”

Consultora de Jandaia do Sul abandona carreira de concursada pública do Estado para se dedicar à revenda de cosméticos; com isso, ela já ganhou da marca que representa, dois veículos zero quilômetro e viagens internacionais

por Gabriel Goncim, para o Jornal Agora em 28/04/2016

O aparecimento de carros cor-de-rosa pela região aguçou a curiosidade das pessoas e colocou em destaque uma marca de cosméticos norte-americana, a Mary Kay, criada na década de 1960 e atualmente presente em mais de 35 países. Ela é caracterizada por essa cor na logomarca e nas embalagens dos principais produtos. Em Jandaia do Sul, Shirley Aparecida BEDIN Ranieri, 49 anos, é a representante Mary Kay de maior destaque, que graças ao seu esforço, já conquistou o cargo de diretora sênior de vendas independente, e com o trabalho também da equipe que comanda, dois veículos zero quilômetro e viagens nacionais e internacionais.

Mas todo esse sucesso não veio de forma fácil e exigiu algumas decisões corajosas no meio do caminho. Shirley morou na zona rural até 1989, quando aos 22 anos se mudou para a cidade. Ela se formou em Ciências, com licenciatura em Biologia e Matemática. Nessa época, começou a trabalhar como auxiliar de escritório. Em 1991, conheceu seu esposo, o agrônomo Edgar Ranieri, com quem se casou em 1995 e teve uma filha, Isabele BEDIN Ranieri, em 1997. Durante a década de 1990, atuou como professora de Matemática contratada do Estado, cargo que ocupou até 2003.

De 1991 a 1997, a jandaiense trabalhou em dois empregos, como auxiliar administrativa durante o dia e professora à noite. Depois, sempre muito empreendedora, decidiu abrir uma loja de confecções. “Eu acumulava as duas funções, mas quando minha filha nasceu, saí do escritório e fiquei somente com as aulas. Só que pouco tempo depois, ainda em 97, abri uma loja de confecções, que mantive funcionando até 2003”, recordou-se.

A partir de 2003, ela continuou trabalhando como professora do Estado, mas como concursada. Em 2007, conheceu a Mary Kay. “Eu conheci a Mary Kay por meio de uma cunhada minha, que me apresentou a oportunidade. Logo me identifiquei, gostei muito dos produtos e decidi buscar mais informações sobre o assunto. Uma diretora de Maringá foi quem me explicou tudo nos mínimos detalhes e, então, decidi começar a fazer parte do projeto” contou.

De 2007 a 2011, Shirley ainda dava aulas e tinha a Mary Kay como uma renda extra, até decidir fazer da atividade seu único ofício. “Eu dava aulas e não tinha nada a perder sendo, paralelamente, consultora da Mary Kay. Passei a atingir bons resultados, tendo conquistado o cargo de diretora de vendas em 2008. Foi quando eu decidi abandonar a minha carreira de professora para me dedicar exclusivamente à revenda de produtos de beleza”, afirmou a entrevistada.

Na época, foi um choque para algumas pessoas próximas a ela. “Quando eu disse que iria pedir a exoneração do cargo, as pessoas me falavam que eu era louca, que eu não deveria fazer isso, ainda mais porque faltavam apenas cinco anos para eu me aposentar. O meu marido me apoiou, e a opinião dele foi suficiente para eu ter certeza de que esse era o caminho certo a seguir”, destacou.

Segundo Shirley, a Mary Kay é uma empresa multinacional de vendas diretas, que desenvolve os produtos com cientistas próprios e entrega para as revendedoras, denominadas consultoras de beleza ou diretoras de vendas. Hoje, ela ocupa o cargo de diretora sênior de vendas independente. Ainda de acordo com ela, o trabalho é baseado na demonstração de produtos – denominada sessões de beleza –, em que as pessoas têm a oportunidade de experimentar os produtos antes de adquiri-los.

As maiores dificuldades que Shirley comentou ter enfrentado durante os anos de Mary Kay foram com a mudança de carreira e a permanência em um propósito. “Quando nós mudamos e vamos pela contramão do que as pessoas estão acostumadas, é natural que haja uma estranheza. Mas é necessário permanecer no propósito e nunca desanimar. Precisamos sempre nos manter fiéis naquilo que estabelecemos como objetivo.”

Depois de conquistar várias viagens nacionais para resorts, a diretora também já galgou um veículo Chevrolet Cruze rosa, em dezembro de 2012, a primeira viagem internacional, que foi um cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo, em 2014, uma viagem para Los Angeles, na Califórnia (EUA), este ano, e um carro Honda HRV rosa, conquistado em dezembro do ano passado. Para o futuro, ela já tem a meta traçada. “Quero continuar me desenvolvendo pessoal e profissionalmente e sempre ajudando aqueles que estão ao meu redor a se desenvolverem também”, ressaltou.

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