10 de maio de 2015

Postagem 678
BEDIN V.I.P.

PROF.DR. VALCINIR BEDIN


- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele

O que o inverno pede?
Tempo frio e seco requer cuidados especiais com a pele, e os farmacistas devem estar preparados para indicar os produtos mais adequados

 
Para um farmacista, a diferença entre as estações do ano não se restringe à venda de antigripais. com os efeitos que o clima causa na pele, ele tem de estar preparado para atender adequadamente a demanda do corpo nessa época do ano. O professor doutor Valcinir BEDIN, presidente da regional de São Paulo da sociedade Brasileira de Medicina estética, afirma que, no inverno, além das temperaturas mais baixas, há também uma umidade relativa do ar um pouco menor por causa da ausência das chuvas. isso faz com que o nosso corpo sofra alterações. karin ventura, membro do grupo de cosmiatria e dermatologia da unifesp, ressalta que o Brasil é grande, e cada região apresenta ação diferente sobre a pele, seja ressecamento, seja micose.
Independentemente do caso, a hidratação da pele é necessária e, segundo karin, às vezes há a necessidade de o tratamento ser oral. "Para entendermos melhor essa situação, devemos lembrar que a hidratação é um processo que se dá de dentro para fora, isto é, a água do corpo vem até a pele e a hidrata. Quando suamos, um pouco do suor fica na pele em forma de hidratação. Quando a umidade relativa do ar é alta, não perdemos água transepidérmica, o que faz com que fique mais água na pele e esta fique mais hidratada.
Algumas partes do corpo sofrem mais com a ação do clima, como a face, os lábios e as mãos, além do cabelo, por estarem mais expostas", explica BEDIN a dermatologista ligia kogos diz que, nesta época do ano, a pele requer mais hidratante, sabonetes mais suaves, cremes hidratantes com maior poder de lubrificação e proteção. "os lábios precisam de algo emoliente, para evitar que rachem. Para as mãos, especialmente para quem tem que lavá-las com frequência, além de sabonetes líquidos hidratantes, cremes especiais após as lavagens dão grande sensação de conforto e bem-estar", diz.
Os produtos para o tempo frio têm características próprias. ligia diz que a presença de silicones (dimeticones), ureia, alantoína, pantenol, ceramidas e lactatos nas formulações confere proteção extra contra o ressecamento e asperezas. "usar um hidratante à base de ureia e silicone, pelo menos nas pernas e nos braços, logo após o banho, resolve grande parte do problema do ressecamento no inverno", diz. além disso, a profissional lembra que, na hora do banho, são preferíveis os sabonetes à base de glicerina e óleos lubrificantes.
De acordo com BEDIN, banhos quentes e demorados retiram da pele a sua proteção natural, o manto hidrolipídico. há também a necessidade de dar atenção aos pés e às mãos, pois são mais agredidos nessa época. hidratantes mais espessos e mais constantes, à base de óleo de uva ou de trigo e de ureia, são os ideais. ligia indica cremes com ácido glicólico para essas regiões, já que "hidratam muito, são altamente potentes e tiram as asperezas e calosidades". eles podem ser usados em joelhos e cotovelos ásperos.
Segundo ela, os hidratantes para o dia devem conter filtro solar, mesmo sendo inverno, para que a proteção seja completa. o mesmo vale para os lábios. Nos últimos meses, uma ameaça invisível tem afetado a vida de milhares de pessoas nos grandes centros urbanos: a alta incidência dos raios ultravioleta. segundo o centro de Previsão de tempo e estudo climáticos, em determinados picos de radiação em março, por exemplo, 13 capitais registraram índices entre 11 e 13, considerados extremos, em uma escala que chega a 14 (o índice já começa a preocupar quando alcança o nível 6). Mesmo nas estações consideradas mais frias do ano, é possível haver dias com alta incidência de raios ultravioleta.
Por outro lado, os brasileiros passaram a se proteger menos do sol, é o que a mostra pesquisa vigilância de fatores de risco e Proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico de 2008, vigitel 2008, do Ministério da saúde. de 2007 para 2008, a média nacional de proteção contra a radiação ultravioleta (uso de protetor solar, chapéu ou sombrinha e roupas adequadas) caiu de 53,3% para 39%. os maiores índices de proteção estiveram entre os moradores de florianópolis (50,9%), de Palmas (49,8%), do distrito federal (47,7%) e de curitiba (47,2%). o rio de Janeiro é a capital com o menor percentual de proteção: 30,8%.

 
BEDIN indica o uso de lápis labial, que protege contra o sol e contra o frio, e as bases de manteigas (de cacau, de caritê), que são protetoras e hidratantes. ligia recomenda os protetores em forma de batons incolores que contenham óleos umectantes, filtros e silicones. a boca fica bonita, saudável e bem natural.
Segundo a dermatologista, ao se usarem ácidos (retinoico, glicólico, de frutas), deve-se alterná-los com nutritivos mais cremosos, para que a pele não fique sensível demais nas noites frias. e também as vitaminas podem ser úteis para equilibrar o ressecamento e as descamações. os dermatologistas recomendam os produtos que contêm zinco, ácido fólico e vitamina e.
Para os homens, que muitas vezes não gostam de passar cremes, há a alternativa de usar óleo de banho no corpo, antes de entrar no chuveiro: esse tipo de óleo evita o ressecamento.

Pesquisa:Internet


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