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HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA PARA O BRASIL
COLÔNIA DONA ISABEL
Vista do Centro de Bento Gonçalves no dia 9 de maio de 1915. À esquerda o atual Palácio Municipal - Acervo: Museu do Imigrante
Em 1875 inicia a imigração italiana na Encosta Superior do Nordeste, originando as Colônias de Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves), Conde D` Eu (hoje Garibaldi) e Nova Palmira (hoje Caxias do Sul).
A Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves), criada em 1870, já era conhecida como Região da Cruzinha, devido a uma cruz rústica, cravada sobre a sepultura de um possível tropeiro ou traçador de lotes coloniais. Era época do escambo, da troca de mercadoria por mercadoria. A Colônia Dona Isabel sediava um pequeno comércio no qual os tropeiros faziam paradas para descanso.
Em 24 de dezembro de 1875, os núcleos do Planalto começaram a receber novos imigrantes. Em março de 1876, o Presidente do Estado José Antonio de Azevedo Castro anunciava a existência de 348 lotes medidos e demarcados e uma população de 790 pessoas, sendo 729 italianos. Simultaneamente pioneiros oriundos do Tirol Austríaco e Vêneto chegaram à esplanada onde hoje está situada a Igreja Matriz Cristo Rei.
Atividades comerciais e abertura de estradas
A troca, compra e venda de produtos era feita na sede da colônia, após longas caminhadas por estreitas picadas (trilhas abertas no meio da mata) demarcadas pelos próprios imigrantes. Entre os imigrantes havia ferreiros, sapateiros, marceneiros, alfaiates, carpinteiros, entre outros profissionais que estabeleceram seus negócios dentro de suas especialidades, atendendo às necessidades locais. O surgimento das construções das casas, dos instrumentos de trabalho e o mercado foram acompanhando o desenvolvimento de Colônia Dona Isabel e também as exigências que se apresentavam. Frente ao desenvolvimento, as condições das estradas foram melhorando e surgiram as primeiras carretas. Em cinco anos houve um acréscimo de quatro mil habitantes, entre nascimentos e novos imigrantes.
Em 1881 inicia a abertura da primeira estrada de rodagem ligando a Colônia Dona Isabel a São Jõao de Montenegro (hoje Montenegro). O início do povoamento foi marcado por inúmeras dificuldades. Em 1877 a Colônia Dona Isabel sediava três casas comerciais, duas padarias, uma fábrica de chapéus e um total de 40 casas comerciais que ofereciam serviços e produtos diversos em todo o território da colônia.
Foto mostra atual Praça Walter Galassi em 1922, quando era chamada de Praça Centenário. O local foi inaugurado durante as comemorações do centenário da independência do Brasil. Acervo Museu do Imigrante
Criação do município
O desmembramento da Colônia Dona Isabel do município de Montenegro, foi oficializado pelo 'Acto' 474, de 11 de outubro de 1890, assinado por Cândido Costa, que constituiu o município de Bento Gonçalves. O nome foi dado em homenagem ao general Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845.
Início do desenvolvimento
Bento Gonçalves deu seu primeiro impulso de progresso com a vinda da agência do Banco Nacional do Comércio e Banco de Pelotas. Entre os anos de 1919 e 1927 ocorre a instalação da luz elétrica, da estação transformadora e da rede de distribuição. É também inaugurado o Hospital Dr. Bartholomeu Tacchini.
Em 1950 a população era de 22.600 habitantes. As principais atividades econômicas eram as do setor agrícola. Contudo, começaram a surgir várias indústrias, como de acordeões, laticínios, móveis, curtume, fábrica de sulfato e vinícolas.
O Presidente da República General Humberto de Alencar Castelo Branco (Centro) visitou Bento Gonçalves e a I FENAVINHO no dia 25 de fevereiro de 1967. Na foto também estão presentes o bentogonçalvense General Ernesto Geisel, então Chefe da Casa Civil que de 1974 a 1979 se tornaria Presidente da República e o prefeito de Bento Gonçalves Milton Rosa. Acervo Arquivo Histórico Municipal.
Projeção nacional
Em 1967 Bento Gonçalves passa por uma grande transformação, considerada um marco histórico. Com a colaboração de dinâmicas lideranças e a ajuda de toda a comunidade, surge a I Fenavinho, a Festa Nacional do Vinho. A Fenavinho traz ao município pela primeira vez um Presidente da República, o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. A cidade passa por uma grande transformação, o principal produto e a força da economia de Bento Gonçalves foram divulgados em todo o Brasil, tornando a cidade conhecida nacional e internacionalmente. O município descobre a sua vocação para o turismo de negócios e começa a sediar eventos de grande porte no Parque de Eventos.
Fonte: Historiadora Assunta De Paris / Arquivo Histórico Municipal
Bento Gonçalves atualmente
Atualmente a cidade de Bento Gonçalves é conhecida como a ‘Capital Brasileira da Uva e do Vinho’ . É reconhecida pela força de sua economia e por ser um importante pólo industrial e turístico do sul do Brasil. O enoturismo , o turismo de negócios e eventos, e a diversidade de roteiros turísticos que a cidade oferece, levam o nome de Bento Gonçalves aos quatro cantos do país.
Bento Gonçalves é um polo moveleiro e vitivinícola conhecido nacional e internacionalmente. O polo moveleiro de Bento é a principal força no segmento industrial da cidade. Na área vitivinícola são inúmeros os atrativos turísticos que tornam Bento Gonçalves uma cidade de visita obrigatória da conhecida Região turística 'Uva e Vinho' na Serra Gaúcha.
Bento é atualmente o principal destino enoturístico do país, sendo pioneira no desenvolvimento do Enoturismo no Brasil. O Vale dos Vinhedos é o principal destino enoturístico do Brasil e primeira região a obter Denominação de Origem para seus produtos (Revista Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves – CIC /2013).
No segmento turistico a cidade se destaca por vários atrativos turísticos, por suas rotas turísticas, e por suas grandes feiras e eventos, que permitem ao visitante ter experiências únicas durante todos os meses do ano.
Obs: 2ª colônia
Pesquisa:Internet
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