29 de março de 2015

Postagem 609
BEDIN .V.I.P.

ANA PAULA BEDIN


Conheça as diferenças entre os tipos de medicamentos
Jornal de Beltrão



O inovador Novalgina, o similar Anador e o genérico Dipirona: na dúvida, melhor seguir o receituário médico.

Um consumidor chega ao balcão da farmácia e pede por uma Novalgina. No instante seguinte, uma cliente adentra a loja e solicita uma cartela de Anador. Mais tarde, outro freguês pede ao farmacêutico uma "dipirona". Esta situação hipotética serve para ilustrar o leque de opções e a dúvida que surge na cabeça das pessoas na hora de escolher entre remédios de marca (ou de referência), similares e genéricos. Muitos escolhem pela marca, influenciados por propaganda ou experiências anteriores com o produto. Outros pensam na economia e preferem os mais baratos. Há também os que seguem à risca a prescrição médica — o que, de fato, é o melhor caminho a seguir.
A principal diferença entre esses três tipos de medicamento está nos fatores inovação, qualidade e, consequentemente, preço. Geralmente, os remédios de referência são inéditos no mercado e levam anos sendo testados. "Para criar um medicamento de marca é preciso descobrir um novo princípio ativo. É um trabalho que pode levar décadas e necessitar de milhões de dólares em pesquisa. Para compensar este investimento, a lei de patentes do Brasil garante ao laboratório inovador a exclusividade na comercialização do medicamento", explica a farmacêutica Ana Paula Zatta Bedin.
Quando a patente desse medicamento expira, outros laboratórios se veem livres para clonar o princípio ativo, criando, então, os genéricos. "Mas, antes de chegar às prateleiras, um genérico precisa ser aprovado por testes de equivalência farmacêutica e de bioequivalência, que vão medir se ele funciona no corpo humano da mesma forma que o fármaco inovador", completa Ana Paula.
Já os similares possuem o mesmo princípio ativo que o medicamento de marca, porém o restante da formulação pode mudar. "Para o similar são realizados os testes de segurança e qualidade, mas não de bioequivalência. A vantagem é que geralmente são mais baratos, mas vale perguntar ao médico se ele recomenda o similar", frisa a farmacologista Vanessa Anghinoni.
Laboratórios e profissionais confiáveis
Diante de tantas opções no mercado, que movimentou R$ 43 bilhões no Brasil em 2011, é essencial seguir a prescrição médica. "Geralmente, procuro receitar o genérico, que é mais barato. Mas isso depende de paciente para paciente. Tenho preferência por um laboratório específico, pois é confiável e costuma ter preços mais acessíveis. Por isso, odeio, aliás, todo médico odeia quando ocorre a troca de remédios", ressaltou.
A legislação permite a troca entre medicamentos de referência e genérico. Dessa forma, o paciente pode escolher entre um e outro, desde que o médico não tenha imposto alguma restrição. "O interessante é não trocar o remédio receitado e também confiar na palavra do profissional farmacêutico", sugere Felipe Bonato, da Farmácia das Fórmulas.

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