Postagem 584
BEDIN V.I.P
SANDRO BEDIN
Dados apontam recuo de 71% em relação ao mesmo período de 2012.
'Queda entre períodos não compromete balança', diz economista.
Érico VeríssimoDo G1 RR
Superávit
De acordo com o economista Sandro BEDIN, da Universidade Federal de Roraima, alguns estudos da instituição apontam que a balança comercial do estado está superavitária [com saldo positivo], pois há mais exportações do que importações. Produtos primários como banana, melancia e peixe de tanque [tambaqui ou matrinxã] são os principais itens exportados.
"O que ocorre para este saldo positivo é que estes produtos estão com os preços bem elevados no mercado externo e no principal mercado consumidor regional, que é o Amazonas. A queda de 71% é em relação ao mesmo período do ano passado, mas somente mostra que há um declínio 'entre períodos', o que não compromete a balança comercial de Roraima toda se ela continuar a registrar números positivos. Seria ruim se em todos os trimestres isso ocorresse", disse.
Ainda conforme o economista, individualmente, 48% do Produto Interno Bruto (PIB) de Roraima é somente do setor público (máquina pública). "Sendo assim, se o setor público corresponde a 48% do PIB sozinho, o restante é do setor privado, cerca de 52%, conforme os dados do IBGE e da Seplan. Isso indica que Roraima depende muito da 'economia do contracheque', mas é um erro pensar que isso deve mudar da noite para o dia. Esse é um processo de mudança gradativa ", afirmou.
Perspectiv as
BEDIN aponta que a elevação da presença do setor industrial é um processo sem volta, mas deverá acontecer em Roraima por meio do agronegócio, onde estão os insumos necessários para a produção de produtos industrializados e na diversificação da cadeia produtiva. Em Roraima, já começam a se estruturar empresas do agronegócio. No Sul do estado, dendê, e em Boa Vista, arroz e sua cadeia.
As franquias são vistas por ele como um ponto positivo. "Isso revela que Roraima tem uma renda elevada e comporta esse tipo de serviço. Além disso, as franquias induzem à melhoria dos serviços já existentes em diversos ramos e segmentos. Sem dúvida, há mercado para outras [franquias]", considerou.
A economia de Roraima é uma das menores do Brasil e representa cerca de 0,1% do PIB do Brasil. Na Região Norte, sua participação é de 3,6%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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