8 de março de 2015

Postagem 571
BEDIN V.I.P.

DRA.ALESSANDRA BEDIN


Como o estresse afeta a gravidez

Conheça os riscos para a saúde do bebê e veja como manter a calma durante a gestação

Por Malu Echeverria - atualizada em 23/10/2014 12h45




Desde o momento em que a gravidez é confirmada, a gestante passa a cuidar da alimentação, evitar comportamentos que possam prejudicar o bebê e seguir à risca as orientações do obstetra. Mas há outro detalhe que não pode ser ignorado: o nível de estresse. A gestação, por si só, é motivo de inquietação. “É fato que se trata de um período de alterações significativas. Não apenas no corpo feminino, mas em toda a dinâmica familiar. Sentimentos como ansiedade, culpa e medo podem surgir e alguns casais não se sentem preparados, seja emocional ou financeiramente”, diz a psicóloga Lália Dayse Farias, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Qual o risco para o bebê, afinal? De acordo com a ginecologista e obstetra Alessandra Bedin, do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo, o estresse chegará ao bebê por meio de reações fisiológicas, isto é, da liberação de hormônios como cortisol e adrenalina. Essas substâncias preparam o nosso corpo para situações de perigo, mas quando o nível se torna elevado por muito tempo há riscos para a saúde. “Especialmente em função da adrenalina, pode ocorrer uma diminuição do fluxo sanguíneo na placenta, influenciando o crescimento do bebê”, explica a obstetra. Além disso, estudos mostram que o estresse aumentaria a chance de parto prematuro. Já no início da gestação, o problema estaria associado ao aborto espontâneo – isso porque o cortisol afetaria os níveis de progesterona, hormônio que literalmente mantém a gravidez. O que explicaria também por que a ansiedade atrapalha quem está tentando engravidar.

Embora a maioria das pesquisas seja focada em situações de estresse crônico, como a perda de alguém, obstáculos do dia a dia também podem afetar negativamente o
bem-estar da grávida. “Já que cada pessoa reage de um jeito diante de uma situação estressante, os efeitos também vão variar. Mas sempre há algum grau de prejuízo”, alerta Alessandra, do HIAE.
Muita calma nessa hora

A melhor maneira de prevenir o estresse é se antecipando aos problemas, ou seja, por meio de um acompanhamento pré-natal adequado e com um profissional de confiança. É ele, aliás, o responsável por observar como andam as emoções da gestante. Cada caso requer um tratamento individualizado, de acordo com Bedin, incluindo desde medicamentos ansiolíticos a psicoterapia ou atividades físicas relaxantes. A psicóloga Lália, do IFF/Fiocruz, sugere também a prática de ioga, meditação e caminhadas para aliviar a tensão. “O apoio da família e a presença do companheiro ou companheira são fundamentais nesse momento de fragilidade da mulher”, completa.

Pesquisa da Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário