21 de outubro de 2013

Postagem 003 - FAMILIA BEDIN - JOÃO BEDIN


DA COMUNE DE MAROSTEGA, DA PROVÍNCIA DE VINCENZA, REGIÃO DO VENETTO PARA JAGUARI, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.

No município de Marostega, província de Vicenza, Itália, nasceram João Bedim e Rosa Cortezi. Casaram-se no ano de 1870.
Humildes, sem propriedades, possuíam somente uma junta de bois e um arado que usavam para lavrar a terra para outros proprietários e com isso ganhar o suficiente para o sustento da família.
João Bedim e Rosa Cortezi tiveram um casal de filho. O rapaz levou o nome de Ângelo Bedim.
Ângelo, então com vinte anos de idade, como era costume foi à festa da Padroeira na cidade de Verona. Lá conheceu uma moça chamada Maria, filha de Antonio e Tereza Biella Vaccari. Estes eram pequenos proprietários que moravam próximo a Verona. Os jovens logo se apaixonaram e combinaram que Ângelo pediria aos pais de Maria para namorá-la. Porém, neste primeiro momento, o namoro não foi possível simplesmente pelo fato de Ângelo, ser pobre. A mãe de Maria, Tereza Biella Vaccari, orgulhosa de sua descendência, não permitiu o namoro.
Ângelo, pelo pecado de ser pobre ficou sem a sua bem amada.
Meses depois, João Bedim soube que a família Vaccaria, no inicio do ano de 1889, juntamente com outras famílias, haviam migrado para a América. Foi o que João ficou sabendo.
Messes depois, ao saírem da costumeira missa de domingo, os homens e mulheres ouviram do padre a notícia de que fora feito um acordo entre o Imperador da Itália e D. Pedro II, Imperador do Brasil, pelo qual todas as famílias italianas que chegassem ao Brasil, receberiam um lote de terra (vinte e cinco hectares), para trabalhar, e que para não ferir o orgulho dos imigrantes italianos, lhes seria cobrado 20 mil réis para ser pago depois de construída sua casa e iniciada a produção de cereais.
João Bedim com sua mulher Rosa, já com idade, e tendo um único filho homem, Ângelo, já moço, sem terra nem possibilidade de comprar, não vacilou e junto com outras famílias inclusive a família Bonotto, que também era do município de Marostega, se candidataram para imigrar para o Brasil.
Acertada a data e em caravanas, saíram de Marostega em direção ao porto de Gênova, onde um navio os aguardava. Dois dias depois iniciaram a viagem para sua grande aventura.
A saída de Gênova, com escala em Nápolis, cruzou no estreito de Gibraltar, entraram no Atlântico dando adeus a sua Pátria.
Depois de muitos dias navegando cruzaram o paralelo, que foi festejado por todos cantando canções italianas. Mas no mesmo dia veio a triste notícia que Dom Pedro I tinha sido deposto e implantado no Brasil, uma república que para os italianos, representava agitações e revoluções.
Continuando a viagem finalmente com escala no Rio, São Paulo e Rio grande, RS. Deste ponto em diante seguiram em um navio menos, via fluvial, até um  acampamento em Silveira Martins, depois até o pequeno porto de Umbu, município de São Vicente.
Transferida a pesada bagagem de baús de madeira e fardos para carroças e mulas, foram até Jaguari, que ainda pertencia a São Vicente. Os homens acompanharam a pé, enquanto as mulheres e crianças montavam em mulas e carroças.
Neste trajeto, foram recepcionados entre São Vicente e Jaguari na fazenda dos Rosas, onde foi oferecido um farto churrasco com farinha de mandioca.Chegando a Jaguari ficaram acampados num rústico galpão que deram o nome de Barracão.
Após alguns dias todos os homens foram convidados a acompanhar o agrimensor responsável pelo assentamento. Após a demarcação todos receberam um documento de posse provisória das 25 hectares de terra, conforme o compromisso assumindo pelo imperador da Itália e D. Pedro II.
De posso desta propriedade, João Bedim, mulher e seu filho Ângelo, estavam satisfeitos, pois para eles era uma grande propriedade, que em sua Pátria jamais teriam condições de comprar, Por isso, junto com mais nove proprietários, que iriam vizinhar na linha 6, Chapadão, muniram-se de algumas ferramentas e subiram o cerro abrindo um pique no mato que lhes serviria de caminho de acesso ao Barracão.
Uns quatro quilômetros de distância, de onde estavam acampadas as mulheres e crianças, e num mutirão com muita solidariedade, os dez novos proprietários com muita dificuldade conseguiram construir as pequenas casas de pau-a-pique coberta de capim-santa- fé e rabo de burro. Terminadas as construções que eram verdadeiros ranchos piso de chão, fizeram a mudança do Barracão para as novas propriedades.
Os novos proprietários da linha 6, eram os seguintes:
- João Bedim e Rosa Cortezi Bedim;
- Batista Macalli e Maria Macalli;
- Benevenuto Baraldi e esposa;
- Cezare Sontolin e esposa;
- Dalavale e esposa;
- Afonso Bolzan e esposa;
- Giosepe Vencato e Ângela Disconzi Vencato;
- Batista Vaccari e Cândida Cesti Vaccari;
- Santo Leorato e Genoveva Disconzi Leorato
- Pedro Pelizari e Tereza Pelizari.
Foi nesta localidade linha 6, no Chapadão, que com a morte do pai de João Bedim, Ângelo seu único filho tomou posse da terra. Casou com Maria Biella Vaccari tiveram quatro filhos homens e sete filhas mulheres que são os seguintes:
- João Bedim, casado com Tereza Guerra;
- Rosa Bedim, casada com Antônio Bragato;
- Augusta Bedim, casada com Augusto Friggi;
- Tereza Bedim, casada com Primo Ciocheta;
- José Bedim, casado com Silvia Galvani;
- Pedro Bedim, casado com Victorina Daipozolo.
- Josefina Bedim, solteira;
- Assunta Bedim, casada com Vergílio Farina;
- Santa Bedim, casada com João Zucco;
- Luísa Bedim, casada com Marcos Pizzato;
- Antonio Bedim, último filho que nasceu em 1914, casado com Leonarda Maria Cazorla.
Além de seus filhos, Ângelo e Maria criaram um sobrinho, Luiz.
Luiz era filho de Batista e Cândida Cesti Vaccari, que faleceu durante o parto. Maria Vaccari Bedim assumiu assim a criação do sobrinho.
Com a idade de dezoito anos, em janeiro de 1940, Luiz foi para Santa Maria, e se apresentou voluntário no 7º Regimento de Infantaria. Em plena 2ª Guerra Mundial, o então cabo Luís Cesti Vaccari se inscreveu voluntário no 4º Escalão do Exército, para em fevereiro de 1945, seguir para o forte na Itália, combater o Eixo Roma x Berlim. O desembarque foi no porto de Nápolis. Depois de uns meses num campo de treinamento quando já tinham aprendido o manejo das modernas armas americanas fornecidas por intermédio do 5º Exército; todo o 4º escalão em estado de alerta, aguardava a ordem do General Mascarenhas de Morais, para seguir para o forte de batalha quando chegou a boa notícia que o inimigo havia se entregado.
Por isso o 4º escalão foi dispensado, e depois de alguns meses na Itália em agosto de 1945 voltaram para o Brasil.

Em 1932 já com os filhos casados, menos Antônio que foi trabalhar com o irmão José Bedim em Jaguari, Ângelo e Maria Bedim também foi morar em Jaguari onde terminaram seus últimos dias de vida.



TEXTO DA AUTORIA DE ANTÔNIO BEDIM DA FAMÍLIA DE JOÃO BEDIM.

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA POR SUA NETA, CRIS.
Postaem º 3



16 de outubro de 2013

Postagem 002 - HISTORIA DE PARTE DA FAMILIA BEDIN.



DA COMUNE DE VOLPAGO DEL MONTELLO, PROVÍNCIA DE TREVISO, REGIÃO DO VENETTO PARA JABOTICABAL ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. 

Diz a história que o nome BEDIN é de origem francesa e, então sua pronuncia deve ser "BEDAN".
Se realmente é verdade, não sabemos, mas se tiverem o capricho de procurar na Internet, verão que realmente existe na França tantos Bedin quantos ou mais do que na Itália.
Para a nossa história, só vamos falar de uma parte dos Bedin, originários da Italia, da região de VENETO, província de Treviso e cidade de Volpago del Montello. Começamos com o Sr. Roberto Bedin, que era filho de Luis e Caterina Bedin como consta da certidão de óbito de Roberto Bedin. Roberto casou-se com Giovana Favero na Itália com quem teve 3 filhos-Luiz, Antonio e Bonaventura Pietro Bedin.
Em 11/11/1888, conforme certidão de registro da Policia do Estado de São Paulo, Serviço de Registro de Estrangeiro, a família desembarcou no Brasil na embarcação BORGONHA. O casal, 3 filhos e uma nora, Antonieta Cagnon, mulher de Luiz. Chegaram a Santos, foram para São Paulo e depois para Jaboticabal {cidade das rosas} no interior do Estado de São Paulo, onde a família foi trabalhar na fazenda da Grama. Com o passar do tempo, o proprietário da fazenda, que já passava por problemas econômicos, inclusive com dividas para os trabalhadores, somado a problemas climáticos, faleceu, levando os responsáveis a vender a fazenda, dividindo-a em pequenos lotes, conforme a quantidade de pés de café que as pessoas poderiam adquirir.
A família adquiriu um terreno com mais ou menos 7 a 8 alqueires, segundo apuramos junto a pessoas da família em Jaboticabal e Monte Alto, o nome Grama se deve ao um córrego do mesmo nome que existe no local. Lá ainda existe familiares instalados, sendo a mais conhecida, a família da Dona Lucia, que tem o sobrenome Bedin. Seu filho Braz, que com sua   família tem um engenho que ainda hoje produz água ardente, cachaça ou pinga (de o nome que você achar melhor), que dizem ser de boa qualidade e é vendida em toda a região.
Bonaventura, já com mais ou menos 20 anos, voltou para a Itália para tratamento de saúde; segundo diziam ele estava com tuberculose. Lá ficou na casa de um tio, cujo nome não sabemos, mas ficamos sabendo que o Sr. Roberto tinha irmão ou irmãos.
Segundo relatos, ele foi tratado em um hospital do exercito Italiano, e quando já estava curado, disseram a ele que, se fosse ficar, teria que servir o exercito; como ele não aceitou, deram alguns dias para ele retornar ao Brasil.
Sua chegada se deu em 19/11/1902, conforme  carimbo no passaporte da hospedaria do imigrante de  São Paulo;seu passaporte foi tirado em 19/04/1902, com direito de viajar até 01/04/1903.
Retornando, Bonaventura foi se juntar a família, que se encontrava em Jaboticabal, no sitio da Grama;
Roberto Bedin faleceu em 15/08/1933, com 90 anos de idade, no bairro Corrego Rico, no distrito de Cajobi - Comarca de Olímpia , para onde parte da família tinha se mudado, mas foi sepultado no cemitério de Olímpia - SP.
Giovana Favero, agora no Brasil chamada de Joana,faleceu em 02/04/1931, com 80 anos de idade, na fazenda Olhos D´Agua que deve ser localizada no distrito de Cajobi , onde faleceu Roberto, e foi sepultada também em Olimpia - Sp.
Luiz Bedin veio casado da Itália com Antonieta Cagnon em primeiras nupcias, e no Brasil casou-se com Joana Paulon; em segunda nupcias e teve filhos com ambas as esposas. Ele faleceu em 21/11/1948, no sitio da Grama e foi sepultado no cemitário de Jaboticabal .
Antonio Bedin casou no Brasil com Angela Penariol e teve filhos. ele faleceu em 24/07/1957 no sito da Grama e foi sepultado no cemitério de Jaboticabal.
Bonaventura Pietro Bedin, também chamado de Pascoalin, de quem temos mais dados. Nasceu em 14/07/1881, na cidade de Volpago del Montello, na Italia. Aqui, com 24 anos de idade, casou-se com Maria Cristofolo, então com 19 anos de idade, em 28/10/1905, na cidade de Jaboticabal - SP. Maria nasceu em 07/05/1886, na cidade de Volpago del Montello, na Italia e era filha de Angelo Cristofolo e Tereza Zanellato. Em alguns documentos, Maria aparece com o nome de Maria Tereza, mas na certidão de nascimento de Volpago consta só Maria. Ela chegou ao Brasil em 25/04/1888, conforme documento da policia do Estado de São Paulo , Serviço de Registro de Estrangeiro, aí seu nome aparece como Maria Tereza Cristofolo, mas na certidão de casamento, já no Brasil, consta só Maria. Casados, Bonaventura e Maria ficaram morando com a família no sito da Grama, em Jaboticabal, onde nasceram 15 dos 17 filhos, só as duas últimas nasceram em Cajobi , que é distro de Olímpia. Em 1925 ou 1926, segundo seu filho Mario, a família, mais Roberto e Giovana mudaram-se de Jaboticabal, do sito da Grama para o Sitio Olhos D´Água, no distrito de Cajobi, cidade de Olímpía .  os irmãos Luiz e Antonio .ficaram  com suas famílias em Jaboticabal. em 1932, Bonaventura e Maria mudaram-se para Rancharia-SP, onde adquiriram de um imigrante japones uma propriedade, Fazenda do Mont´Alvão , no bairro do Saltinho, muito próximo (4 quilômetros ) da cidade. Nesta propriedade, a família morou muitos anos; saíram dali quando venderam a propriedade e foram morar em outro sitio conhecido como sitio dos Beloti, para cultivar café . Moraram lá por uns 2 anos; e o negocio com a propriedade do saltinho foi desfeito e a família voltou para aquele sitio. Atualmente pertence em parte a três netos do casal, Paschoalin , Alziro e Terezinha, filhos de Antonio , filho mais velho do casal.
No final dos anos 50. o casal e as 3 filhas mais novas Joana, Angelina e Rosalia mudaram para  a cidade de Rancharia, em uma casa alugada, na rua Henrique Dias, perto do hospital; alguns meses depois compraram uma casa na rua Marcilio Dias n 1029, onde, no dia 25/09/61, faleceu Maria, de desidratação aguda, sendo sepultada na mesma cidade.
No dia 15/09/1976, aos 96 nos, faleceu Bonaventura que ainda morava na mesma casa onde faleceu a sua esposa e onde continuou morando com sua filia Rosalia, o esposo desta, Luiz Dainezi, e seus filhos Luís Carlos e Lucila, que tinham respectivamente 15 e 13 anos, quando vô Bedin, como o chamávamos e era conhecido de toda a comunidade.
Suas pernas já não aguentavam andar e ele, não se dando por vencido, saía de casa com uma cadeira de rodas puxadas por cabras. A morte foi atestada como sendo causada por insuficência cardio-renal. Ambos foram sepultados no cemitério municipal, na sepultura n 12020, pepétua n 8856.
O casal teve 17   filhos, 37 netos e 40 netas, 80 bisnetos e 89 bisnetas, 72 tataranetas, 6 penta netos e 8 penta netas num total de 405 descendentes.

Este artigo , foi tirado do livro História e Descendência  de Maria Cristofolo e Bonaventura  Pietro BEDIN , paginas 62/63/64 e 65, quem quiser o livro todo deve enviar e-mail para  antoniobedin@hotmail.com que lhe será enviado por e-mail.
Autoria: ANTÔNIO BEDIN,  DA FAMILIA DE BONAVENTURA PIETRO BEDIN
Postaem nº 2

Postagem 001 - Maria Cristofolo e Bonaventura Pietro são a capa do livro escrito por Antônio Bedin em que conta a história de uma parte da familia Bedin.

FAMÍLIA BEDIN

BONAVENTURA PIETRO BEDIN



Capa do livro escrito por Antonio Bedin sobre Maria Cristofolo e Bonaventura Pietro Bedin de parte da família Bedin.