29 de setembro de 2017

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BEDIN V.I.P.

DALVANA BEDIN

Comércio tem sentido falta de troco
Comércio de Irati tem sentido falta de moedas para troco. Moedas de R$0,05 e R$ 0,10 são as que mais desaparecem. Segundo Banco Central do Brasil, de cada dez moedas de consumidores, quatro ficam retidas de alguma forma


“Tem troco?”. Essa é uma das perguntas que o comércio mais repete ao longo do ano. O motivo é a falta de moedas e cédulas de menor valor para o troco.

Um levantamento do Banco Central do Brasil mostrou no ano passado que a cada dez moedas de consumidores, quatro acabam ficando retidas de alguma forma. A cada ano, são investidos mais de R$ 400 milhões na produção de moedas.

A dificuldade de troco é facilmente notada ao conversar com as pessoas que trabalham no comércio de Irati. E não são apenas moedas que acabam faltando, cédulas com valores menores, como R$5 e R$2, também desaparecem.

“Tem dias que de R$5 e de R$2 não aparece nenhuma. No começo do dia tem R$ 50, vai trocando e trocando, e quando chega uma de R$100 você fica sem opção”, conta a caixa de uma loja de variedades, Dalvana BEDIN.

Entre as moedas, as de valores mais baixos como R$0,05 e R$ 0,10 saem com mais rapidez. “[Valor] miúdo vai mais rápido”, conta Ládia Bolde, vendedora de uma loja de tecidos.

A dificuldade no troco também aparece em lojas que possuem produtos com um valor maior.“O que mais a gente sente falta são as moedas de R$0,05, R$ 0,10, dependendo do dia, até de R$1 e R$ 0,50. A de R$ 0,25 é a que mais a gente tem”, conta Lucinéia Volenki Vanryn, caixa em uma loja de móveis.

“Quase ninguém tem moeda para troco, tem mais nota graúda, R$ 100 e R$50”, explica Jaine Mazzo, caixa em um supermercado. O resultado é que maioria das moedas acaba faltando nos caixas.

A funcionária de uma loja de acessórios Tatiane Fernandes de Oliveira relata que há clientes que usam notas de R$50 e R$100 para pagar produtos com preços de R$10. Por isto, durante o dia, cédulas de valor menor são um problema. “É mais trocado de R$10 ou de R$5 que às vezes falta, e também de R$20”, conta.

Na falta de troco, os comerciantes acabam procurando as moedas entre eles mesmos e nos bancos. Em empresas onde há mais de uma filial na região, as moedas acabam sendo trocadas entre essas filiais.  Já quem não tem filial para trocar acaba arrumando parceiros dentro do próprio comércio para ajudar com o troco.

No entanto, há quem consiga encontrar clientes que trazem moedas para o estabelecimento comercial e trocam a poupança feita no mês. “Nós temos um rapaz que sempre vem trocar. Ele traz bastante. Traz uma sacola”, conta Luciane Rodrigues, vendedora de uma loja de utensílios. “[O troco] sempre fica guardado. Não é todo dia que aparece”.

A poupança das moedas também acaba gerando presentes de Páscoa e Natal, como a funcionária de uma loja de chocolates, Marta Andréia Haliski, relata. “A gente pede para os clientes que tem cofrinho para trazer. Sempre na época de Páscoa e Natal aparece. Tem uma senhora que toda a Páscoa faz a compra dela só com moedinha que ela guarda durante o ano. E dá uma compra grande só de moedinha”, disse.

Há casos ainda de lojas que conseguem esporadicamente que os clientes levem moedas ao estabelecimento. Segundo o Banco Central, grande parte do sumiço do troco no comércio é gerado pelas pessoas que guardam moedas para si.

O levantamento do BC mostrou que 46% dos entrevistados guardam as moedas por uma semana e 15% por um mês. A média é que cada pessoas tenham consigo R$ 4,03 em moedas. 39% dos entrevistados responderam que levam R$2 e R$3 em moedas.

Texto/foto: Karin Franco/Hoje Centro Sul


Pesquisa:Internet

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