26 de abril de 2019

Postagem 2.576
BEDIN V.I.P.

FRANCESCA BEDIN 


Francesca BEDIN 

MID traz programação com apresentações internacionais
Mais de cinco coreógrafos de fora se apresentam no festival hoje e no fim de semana
NM Nahima Maciel
postado em 25/04/2019 06:30 / atualizado em 24/04/2019 18:57


(foto: MID/Divulgação)


 Burkina Faso, Lituânia, Itália, França, Espanha, Alemanha e Brasil têm encontro marcado hoje e amanhã nos palcos do Movimento Internacional de Dança (MID) espalhados pelo Plano Piloto e pelo Distrito Federal. Hoje, o Solos de Stuttgart reúne cinco coreógrafos da Europa e da África para uma sequência de espetáculos resultantes da 22º Internationales Solo Tanz Theater Festival, competição anual realizada na cidade alemã  que premia coreógrafos do mundo inteiro. No sábado, James Carlès traz sua versão contemporânea para os salmos e a noção de sagrado e, no domingo, é a vez dos espanhóis do HURyCAN, com uma reflexão sobre o amor e o ódio. São temas contemporâneos que permeiam vários aspectos da sociedade e motivam os artistas a olhar de maneira poética e subjetiva para as questões que afligem a humanidade.


Idealizado pelo brasileiro Marcelo Santos, radicado na Alemanha há mais de duas décadas, Solos de Stuttgart é um exemplo do impacto das grandes temáticas da atualidade na dança contemporânea. “Este ano, o tema principal é o feminino, o transgênico, a discussão sobre o que é ser homem ou mulher na dança. É uma coisa que está acontecendo nos últimos anos na dança e isso está muito forte este ano”, avisa Marcelo. O deslocamento e as noções de pertencimento, de casa e de raízes também aparecem nos cinco solos do espetáculo, uma consequência dos movimentos de migração e exílio provocados pelas guerras e tragédias contemporâneas.


Em Maa Labyrinthe, Jain Souleymane Kone, do Burkina Faso, fala de identidade e de busca de um lugar no mundo e Le somnambule, do francês Kévin Coquelard, é um embate travado para compreender a própria consciência. Identidade também é tema do solo de Lukas Karvelis, da Lituânia, e gênero e identidade feminina movem a coreografia da italiana Francesca BEDIN em In dieser frau. “A força da mulher, que quer as mesmas possibilidades que os homens, está bem forte nos solos”, avisa Santos. “O espectador deve perguntar a si mesmo o que é masculino e o que é feminino na dança contemporânea. Uma resposta só pode ser encontrada se também buscarmos a identidade no campo de tensão entre tradição e modernidade.”


 (foto: Javier Lopez Hernandez/Divulgação)


Minimalismo, sinceridade e capacidade de comunicação são as bases de Je te haime, dos espanhóis Candelaria Antelo e Arthur Bernard Bazin, integrantes do grupo HURyCAN. Atingir o objetivo de máximo de expressividade com o mínimo de recursos foi um desafio técnico do casal de coreógrafos e, por isso mesmo, eles se deram conta de que este deveria ser o tema  de Je te haime, uma mistura das palavras francesas aime (amor) e haine (ódio). “Era o momento de falar da relação de casal e das dificuldades para se comunicar e conviver”, explica a dupla. “Na realidade, o amor não deveria provocar o ódio, mas isso, às vezes, acontece diante da decepção de não poder compartilhar algo ou diante da frustração de não se sentir compreendido. O ódio consome muita energia e, quando diminui, deixa o corpo em um estado mais frágil e permeável, em um estado de necessidade de carinho e afeto.”

Francês de origem camaronesa, James Carlès faz de Happi, la tristesse du roi — Psaumes#2 um território para compreender e apreender o sentido do sagrado. “Quero percorrer e captar os múltiplos sentidos das relações que hoje se estabelecem na sociedade. O que é o sagrado hoje? Como o sentido do sagrado muda de acordo com as trajetórias pessoais ou coletivas?”, questiona o coreógrafo, fundador do Festival Internacional de Dança de Toulouse e diretor da Cie James Carles Danse&Co.

Tradução:Google
Pesquisa:Internet

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