16 de julho de 2019

Postagem 2.656
BEDIN V.I.P.

ADEMIR BEDIN 


Ademir BEDIN

Família Bedin da Linha Buriti é referência na agricultura de Renascença

Ademir BEDIN, 60 anos, é casado com Carmelita Zandoná Bedin desde 1976. O casal tem dois filhos: a Carla, formada em Direito, e o Álvaro, dentista.
 Da Redação • 
Como tantos outros imigrantes que vinham ao Sudoeste do Paraná em busca de terra, a família BEDIN chegou à região e a encontrou. ?Minha família comprou cerca de 150 alqueires de terra, mas foi em 1975 que foi investido forte na lavoura, tanto que no final dos anos 70 foram adquiridas terras no Mato Grosso?, diz seu Ademir BEDIN, agricultor em Renascença, município com 7 mil habitantes. ?Tudo isso graças ao meu pai, que faleceu há sete anos, vítima de câncer. O legado que ele deixou foi ensinar a gente trabalhar, fazer sempre a coisa certa.?
Pouco antes, na década de 50, Ademir conta que sua família montou uma serraria. Mas anos depois viram que a lavoura seria o caminho certo para o sucesso de todos. ?Meu pai, minha mãe Senaide Zandoná BEDIN e meus tios Adulino, Hugolino e Leonel chegaram aqui em 1953, vindos do Rio Grande do Sul. Lembro que onde a gente olhava tinha pinheiro?, recorda-se Ademir.
E o semblante de satisfação do filho do pioneiro Orélio BEDIN revela o atual momento econômico da agricultura brasileira. De acordo com seu Ademir, não dá pra reclamar, pois a produção de grãos ? soja e trigo ? está em mais de mil hectares, o que dá, por exemplo, uma média de 60 sacas de soja por hectare. As plantações ficam na Fazenda BEDIN, na Linha Buriti, de Renascença, onde existe o respeito à natureza com a proteção das fontes de água e a preservação de áreas verdes permanentes. ?Plantamos 1.300 hectares de lavoura. Essa região que se estende a Vitorino e Pato Branco é muito produtiva. Quanto ao milho, paramos de plantar porque levamos uns prejuízos no passado e o preço também não ajuda?, analisa se Ademir.
animais
Não é de hoje que os habitantes mais antigos do Sudoeste dizem que há mais de 50 anos existiam muitos animais silvestres, entre elas a popular onça-parda. Seu Ademir não se recorda de ter visto esses animais. ?Eu, pelo menos, nunca vi. Hoje em dia até que a gente vê umas onças-pardas por aí.?
Verdade ou lenda?
É certo afirmar que o maquinário agrícola ? tratores e colheitadeiras ? há muitos anos vem substituindo as juntas de boi e as enxadas utilizadas para fazer o plantio e colheita no meio rural. ?Hoje em dia nós temos tudo. Se bem que ocorre de às vezes acontecer um pouco de perda na colheita quando a soja não está bem no ponto de ser colhida. Por isso mantemos as máquinas sempre bem reguladas.?
E quando a vida era mais complicada, seu Ademir  conta uma passagem dolorida, porém, bem-humorada. ?Eu não me dava muito bem com elas [as enxadas], acho que o cabo me atrapalhava bastante (risos). Naquele tempo a gente nem calçado tinha pra trabalhar. Se acertasse a enxada no pé, o pai mandava urinar em cima do corte e o trabalho continuava.?
Outra técnica que tinha resultado eficaz acontecia com o milho. Conforme seu BEDIN, para que o cereal tivesse maior durabilidade na roça, antes da colheita, dobravam-se as canas do milho com as espigas viradas para baixo. ?Assim, podia chover que a água não ficava acumulada no milho, evitando apodrecer os grãos.? Perguntado sobre investir em equipamentos agrícolas na fase em que a economia brasileira atravessa, seu Ademir é franco: ?Eu já comprei tratores com juros de 14% ao ano. Porém, já foi bem melhor de investir em máquinas, quando a taxa era de 3%, 4% ao ano.?
Uso consciente de agrotóxicos
?É preciso ter muita coerência para aplicar veneno nas plantas. Acredito que a maioria dos agricultores vem respeitando as normas do meio ambiente. Como faço parte da Coopertradição, tenho um agrônomo que dá toda assistência que precisamos?, garante seu Ademir.  Na outra ponta, a da mão de obra rural, o agricultor comemora. ?Não tem trabalhadores em abundância, mas dá pra dizer que estamos tranquilos quanto a isso. Tenho funcionário trabalhando comigo há 13, 14 anos, inclusive até seus filhos vão assumindo algumas funções. Eles começam às 10 horas e vão até umas seis da tarde e recebem em média R$ 3.500 por mês.?
Opinião
As estradas do Sudoeste ainda são motivo de preocupação para atrair novos investimentos na região. É o que afirmam autoridades dos mais variados setores da economia, inclusive da agricultura. Devido ao intenso fluxo de veículos nas rodovias, Ademir entende que alguns trechos deveriam ser duplicados, o que traria mais segurança e agilidade aos transportadores e demais motoristas. ?O asfalto que está aí foi pensado para a época em que foi feito, nos anos 70. Ouvi falar que já existem previsões de serem duplicadas algumas rodovias. O certo mesmo é que não dá mais para esperar?, pontua.

Pesquisa:Internet

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