16 de dezembro de 2022

 

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BEDIN V.I.P.

ANDRÉ BEDIN PIRAJÁ

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 André BEDIN Piraja

A cegueira deliberada e o Agro brasileiro

Especial para o BSM
6 de Dezembro de 2022 à

Chega de omissão! É preciso revelar a verdade sobre o agronegócio para não cair nas narrativas fantasiosas da mídia e dos grupos ideológico


André Pirajá
Especial para o BSM
 

Nos últimos dias, as políticas públicas voltadas ao Agro brasileiro ganharam os holofotes da mídia, já que se discute no Congresso Nacional a modernização da legislação de pesticidas no Brasil. Sempre quando o assunto envolve políticas públicas voltadas ao agronegócio brasileiro, especialmente as atividades de dentro da porteira – produtor rural – pairam na nossa sociedade situações que escapam o mínimo de racionalidade nas discussões.

Para você entender o cenário, basta olhar as redes sociais. Há publicações afirmando que o Agro é golpe, Agro é fome e Agro é fogo; matérias declarando que o Agro é sujo, causador de mortes e destruidor da natureza; ou até mesmo judicialmente, em litígios patrocinados por empresas estrangeiras, para extinguir o convênio ICMS e os demais benefícios fiscais estabelecidos para a produção de alimentos, por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 5.553/DF.

Dessa forma, concluiríamos que o agronegócio brasileiro é realmente um vilão para humanidade. Será que é mesmo?

A realidade mostra algo bem diferente.

Em menos de vinte anos, o consumidor brasileiro reduziu seu custo alimentar de 42% a 48% para um mínimo de 14% a 18%, graças ao Agro brasileiro. Quando a Organização das Nações Unidas projetou que a produção mundial de alimentos deverá crescer 70% até 2050 para atender à demanda mundial, rapidamente o Brasil é colocado na vanguarda com um pequeno acréscimo aproximado de 30% nos próximos anos, expandindo a área produzida para 70 milhões de hectares. Isso graças à adaptabilidade das regiões tropicais e uma legião de produtores rurais dispostos a acordar cedo e fazer a diferença no país.

Não só no bolso brasileiro, o Agro responde por 19,85% do mercado de trabalho, segundo dados apurados no quarto trimestre de 2021.[1] Ressalta-se que as mulheres respondem por 40% dos trabalhadores com maior atuação em agroindústrias e agrosserviços. Isso é emprego e renda!

Mesmo com esses números, alguns dizem que o Agro convencional deve ser destruído pelo bem da humanidade, já que ele “envenena o mundo”. E se eu dissesse que você não come veneno? Isso mesmo! Para quem não sabe, existe um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), coordenado pela Anvisa em conjunto com diversos órgãos, que concluiu pela segurança quanto aos potenciais riscos de intoxicação aguda e crônica derivada de resíduos.

Mas alguns irão insistir na produção orgânica, no “arroz do MST” – que não garante dois dias de abastecimento nacional! – ou na “solução mágica” do Sri Lanka que levou uma população a uma onda de fome em tempo recorde, com o então presidente, antes elogiado pelo Fórum Econômico Mundial, fugindo do seu próprio país.

Desde a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), alguns temas ainda assombram os produtores rurais, como o confisco de terras proposto pelo governador de Mato Grosso e a regulamentação do Mercado de Cobrança de Carbono. Quando o assunto é garantir o direito de propriedade e a garantia de se exercer livremente essa atividade, aqueles que de alguma forma contribuem na formulação de políticas públicas se escondem dos temas basilares e deixam de defender efetivamente o que realmente importa.

Existe um instituto do direito criminal que possibilita a responsabilização daqueles que, deliberadamente, evitam o conhecimento sobre o caráter ilícito do fato para o qual concorrem, denominado de cegueira deliberada. A ideia do instituto é responsabilizar o agente que, ao perceber qualquer situação de risco ou anormalidade, esconde-se e ignora as circunstâncias à sua volta, como diz a lenda do avestruz.

Todas essas pautas, que incrivelmente estão previstas na Agenda 2030 da ONU, são apoiadas irrestritamente por aqueles que deveriam efetivamente ponderar sobre as políticas públicas a serem implementadas em nosso país.

Entretanto, ao que parece estudos como There is no climate emergency, assinados por diversos cientistas de renome mundial, inclusive brasileiros, nunca são observados. Os próprios relatórios do PARA de análise de defensivos agrícolas nunca são levados em consideração.

Quando o assunto é sinalizar virtude e liberalismo, o que importa são as cifras e não os valores. Para que um povo seja realmente ouvido, precisaremos de mais homens e menos avestruzes.

– André BEDIN Pirajá é advogado, produtor rural e fundador do Movimento Produtores Rurais Pela Liberdade.


Pesquisa:Internet

 

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