17 de fevereiro de 2023


 Postagem, 4.423

BEDIN V.I.P.

ANDRÉ BEDIN PIRAJÁ

André BEDIN Pirajá

Não é sobre clima ou comida – é sobre poder


Especial para o BSM 1º de Fevereiro de 2023 às 08:37


Em novo relatório do Fórum Econômico Mundial, globalistas voltam a usar a estratégia do medo para reduzir a soberania de países como o Brasil


Por André Pirajá

Com uma introdução hollywoodiana, o Global Risks Report 2023, relatório divulgado em janeiro de 2023 pelo Fórum Econômico Mundial[1], nos mostra que a palavra soberania não guarda qualquer utilidade para os anos vindouros, especialmente quando falamos em produção de alimentos.

Ao dar por concluída a implementação do “Novo Normal”, este teria sido interrompido pela guerra na Ucrânia, de forma que uma nova crise fosse instaurada. Claro que essa crise está ligada a produção de energia, alimentos, custo de vida e, óbvio, problemas climáticos.

Programas como cidades sustentáveis/inteligentes e a passividade de parte da população em aceitar medidas draconianas no combate a pandemia fizeram com que os globalistas dobrassem a meta, ousando inclusive reconhecer que as medidas adotadas na pandemia eram um “teste de responsabilidade social”.[2]

Mas para que você possa compreender um pouco da manipulação e como isso chegará na sua mesa em forma de custo, nada melhor que abrir o relatório que mostra a janela que irá “moldar um futuro mais seguro por meio de uma preparação mais eficaz.”

Quando nos falamos de sobrevivência, basicamente estamos discutindo sobe comida e energia! A péssima noticia é que, em ambas as pautas, o globalismo age para reduzir a qualidade dos alimentos e aumentar o custo energético.

De acordo com o FAO, agência da ONU para alimentação e agricultura, enfrentamos o maior custo de vida dos ultimos tempos. Na Europa o aumento ultrapassa 46% se comparado a 2022.

Mas não acreditem que isso decorre simplesmente da pandemia ou o fechamento da “torneira” do gás russo. As políticas verdes para conversão em energia limpa contribuíram com a dependência europeia em relação à Russia. Tanto é que as últimas medidas implementadas, seja na Europa como Reino Unido, incluem a revogação de normas ou até mesmo a quebra de acordos de energia limpa, restaurando as usinas a carvão.

Lembrando que, quanto mais cara a energia, mais cara é a produção de produtos, em especial os fertilizantes agrícolas. Em meados de 2022, a capacidade de fertilizantes nitrogenados, que demandam alta energia para produção, já haviam sido reduzidos em 25% da sua capacidade. Com a redução da produção e aumento do preço, a consequência é a redução na produtividade, fazendo com que a lei da “oferta e demanda” comece agir na vida das pessoas.

Coincidência ou não, mesmo nesse cenário onde qualquer pessoa buscaria relativizar os supostos males mundiais, como o aquecimento global – que nunca chega! –, o Fórum Econômico Mundial insiste em aterrorizar seus leitores ao afirmar o recorde de emissões de gases do efeito estufa. Não bastasse, afirma ainda que os últimos encontros não produziram qualquer efeito na extinção do uso de combustíveis fosséis, algo meio óbvio para quem esta sofrendo com um inverno sem ter condições de se aquecer.

Mas o pensamento deles se limita à boa e velha meta de 1,5º C, que já esta em risco de acordo com o relatório. O mais interessante é a capacidade futurológica dos pesquisadores, ao afirmarem que o mundo falhou nas seguintes metas até 2033: a) mitigação do aquecimento global; b) adaptação às mudanças climáticas; c) combater eventos extremos naturais; d) preservação da biodiversidade; e) combater o colapso do ecosistema.

E todas essas consequências, ao que parece, decorrem do uso do solo terrestre em 35% para agricultura e pecuária. Sim! Os maiores vilões do mundo que causam a redução da vida selvagem e o equilíbrio natural da terra. Dentre os problemas encontrados pelos pesquisadores, está o aumento da produção interna em alguns países, de forma a reduzir a dependência externa. Vale a pena rememorar o artigo do Brás Oscar sobre o lado negro da agenda verde.

Pensem comigo... em um país como o Brasil, por qual razão nos investiríamos na criação de fazendas verticais, aquelas que ficam em prédios? Por qual razão criaríamos metas setoriais de mitigação de gases do efeito estufa se respondemos por menos de 2% dos gases em todo o planeta, enquanto China e EUA não adotam essas metas?

Alimentos à base de insetos, mercado de cobrança de carbono, desmatamento zero, pedágios ambientais fronteiriços, entre tantas outras pautas, somente são possíveis graças à relatórios como esse. Afinal, o próprio relatório em sua página 34 reconhece a necessidade de se combinar esforços para conservação, intervenção nos sistemas alimentares, aceleração das metas climáticas e mudanças de consumo e produção.

Para que absurdos como esses sejam cogitados é necessário a manipulação da sociedade por meio do medo, algo muito bem delineado e confessado em artigos como o My Carbon citado anteriormente, além de dinheiro – muito dinheiro.

Não se trata de governos independentes, mas de centralizar as decisões mundiais em um escritório burocrático em Bruxelas, ou melhor, como explica o próprio relatório: “Confiança nos processos multilaterais aumentará nossa capacidade coletiva de prevenir e responder a crises transfronteiriças emergentes e fortalecer as barreiras que temos para lidar com riscos bem estabelecidos.”

Nada melhor para viabilizar todas as medidas de salvaguarda mundial que uma força tarefa financeira para subsidiar os investimentos. Afinal, nunca foi sobre o clima, comida ou energia, mas sobre juros e dívida externa!

– André BEDIN Pirajá é advogado, produtor rural e fundador do Movimento Produtores Rurais Pela Liberdade.


Persquisa:Internet  
 

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