13 de setembro de 2014

Postagem 240
BEDIN V.I.P

PATRICIA BEDIN

5 respostas
Em qualquer literatura, o tempo é sempre um assunto recorrente. Hoje me dei conta de como ele tem passado para mim.



já sei andar e falar, o que eu faço agora?

O tempo passa, o tempo voa e a Poupança Bamerindus não existe mais, provando que algumas coisas não continuam, nem bem, nem mal. Simplesmente se vão.

Precisei consultar se minha ortografia de ‘Bamerindus’ estava correta porque na época deste jingle, eu ainda não sabia ler nem escrever. E também não sabia – se soubesse, talvez teria me preparado melhor – que apesar do Bamerindus ter sumido do mapa, sua afirmação é mais que real: o tempo voa.

Estou prestes a completar 26 anos e ganhei um violão dos meus pais como presente. Capricho de uma pessoa que tem muito tempo livre e o atendimento de dois pais que sempre acreditaram na minha capacidade de fazer qualquer instrumento proferir um som decente.

Quando comecei a me interessar pelo violão, eu era uma adolescente no auge dos meus 13 anos, e não tinha internet. Aprendia os acordes necessários naquela revista despedaçada do Legião Urbana e me sentia muito especial por isso. Hoje, curtindo meu inferno astral aos 25, sou feliz relembrando acordes e aprendendo com os professores do cifraclub.

Em 1999, a maior parte do meu tempo livre era preenchida por atividades ligadas à música. Eu era uma adolescente prodígio, mas me sentia mesmo como uma mulher com poder para fazer o que eu quisesse usando um teclado e um violão. Hoje com o dobro da idade e me sentindo uma menina, sou feliz com meu violão novo, só porque ele é bonito (e ele é mesmo, é lindo, fui eu que escolhi

A parte "dobro da idade" me choca, porque me pergunto o que estive fazendo esse tempo todo...

 Empregos, faculdade, namorados, festas coisas que aos 13 eu imaginava tão distantes da minha vida, hoje são meu passado! Mas aos 13 eu também não imaginava que com o dobro dessa idade, eu teria deixado de lado muito do que sabia sobre a música, essa coisa que preencheu a minha vida, por tanto tempo.

Até os 13 anos eu vivi e aprendi tantas coisas necessárias para a vida, das mais simples às mais difíceis como aprender a falar, escrever, andar, fazer amigos, estudar, não nessa ordem, até amar ao próximo incondicionalmente eu já tinha aprendido.

Mas e depois, o que eu fiz mesmo? Como vim parar aqui? Nos 26, o DOBRO da idade? O que fiz nesse tempo todo? Como eu não vi o tempo passar? Em que momento exatamente, me tornei quem sou hoje? Será que eu e aquela loirinha quatro-olhos e sorriso de lata somos ainda, a mesma pessoa, afinal, ela se achava tão mulher e eu sou mesmo, uma garotinha.

A real percepção do tempo para mim é como se tivesse vivido 30 anos em 13, e 5 anos em outros 13, concluindo que, o tempo é relativo, como Albert Einstein já provou.

Brincadeiras à parte, eu conclui mais empiricamente, que idade, não significa muita coisa, se eu não conseguir, a cada 13 anos, olhar para trás e ver quantas coisas boas eu somei àquela pessoa que eu era antes.

Se a crença dos espíritas estiver correta, somos todos almas velhas, voltando mais uma vez a este mundo, tentando aprender mais coisas, sendo que na verdade, tudo que se precisa saber para viver aqui na Terra, se aprende em uma só vida até os 13, o problema é que depois costuma ser esquecido.

Mas se a crença dos outros cristãos estiver correta, e eu prefiro acreditar assim, somos todos almas-crianças, passando por esse instante que é a vida, diante de uma possível eternidade

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