21 de fevereiro de 2017

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HISTÓRIA 

DIA DO IMIGRANTE ITALIANO NO BRASIL

Dia do Imigrante Italiano no Brasil



História Italiana
Dia do Imigrante Italiano no Brasil
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“Venham construir os seus sonhos com a família. Um país de oportunidade. Clima tropical e abundância. Riquezas minerais. No Brasil vocês poderão ter o seu castelo. O governo dá terras e utensílios a todos.”
Com essa frase estampada em cartazes e propagandas o governo convidava os italianos a virem para o Brasil começar uma nova vida com suas famílias e dar início a uma bela história de comunhão entre esses 2 povos, a qual perdura até hoje.
No dia 21 DE FEVEREIRO é  comemorado o Dia do Imigrante Italiano no Brasil. Estima-se que mais de 30 milhões de  brasileiros são descendentes de italianos, o que faz do Brasil o país com maior número de descendentes italianos no mundo. É muita gente mesmo! Por isso que muitos hábitos da cultura e do povo italiano podem ser encontrados na nosso dia a dia, ainda que com uma certa pitada de brasilidade.
Os traços da cultura italiana estão presentes na gastronomia, na agricultura e no próprio modo de viver em família, sempre com muita alegria e disposição.

Origem da Celebração do Dia do Imigrante Italiano no Brasil


A data escolhida para comemorar o Dia do Imigrante Italiano no Brasil se refere à data de chegada dos primeiros imigrantes italianos aqui, trazidos pelo navio La Sofia. Cerca de 380 camponeses desembarcaram no Brasil em 21 de fevereiro de 1874.
Essa data foi sancionada através de uma lei, em junho de 2008, pelo então vice-presidente do Brasil, José de Alencar, como forma de homenagear o povo italiano que veio para o Brasil e ajudou a construir a nossa história.
“A data é uma homenagem ao imigrante italiano que, vindo de terras distantes, engajou-se nas nossas lutas, fez prosperar cidades, construiu escolas, igrejas, restaurantes, hospitais e cultivou a terra. Em busca de novos horizontes, famílias inteiras trouxeram seus hábitos, seus costumes, sua religiosidade, a sua formação profissional enriqueceram a nossa cultura”, destacou o texto do Itália Oggi.

Relembrando a História


Como já contamos aqui, no texto Imigração Italiana no Brasil, a imigração dos italianos para o Brasil foi altamente incentivada pelo governo brasileiro na época.
Mas é preciso ressaltar que toda essa campanha a favor da imigração só funcionou porque tanto o Brasil quanto a Itália tinham interesses comuns. Enquanto o Brasil precisava repor a sua mão de obra agrícola, após a abolição da escravatura, a Itália precisava recompor suas famílias financeiramente, depois de forte recessão.
A primeira leva de imigrantes italianos partiu do porto de Gênova, no dia 03 de janeiro de 1874, a bordo do navio a vela de bandeira francesa chamado La Sofia. Eram, ao todo, 386 imigrantes trentinos e vênetos, que desembarcaram no Espírito Santo em 21 de fevereiro do mesmo ano.
Essas famílias foram trazidas por Pietro Tabacchi, que veio para o Brasil no início da década de 1850. Aqui, era proprietário de uma fazenda no município de Santa Cruz (atual cidade de Aracruz, localizada no litoral norte capixaba) chamada “Nova Trento”, nome dado em homenagem à sua terra natal. Em acordo com o governo brasileiro, Tabacchi ofereceu 12 hectares de terra a cada família imigrante por um preço “favorável” para, em troca, receber o direito de exportar 3,5 mil jacarandás.
Depois disso, os italianos continuaram a vir para o Brasil e a povoar terras, principalmente, no sul e sudeste do país.

As viagens de navio


Esquema da divisão dos navios que traziam os imigrantes e cartaz com a propaganda para incentivar a vinda dos italianos.
As viagens de navio da Itália para o Brasil eram longas e muito cansativas. As condições dos Vapores não era lá das melhores -na verdade, elas chegavam a ser consideradas péssimas.
O número enorme de passageiros e as precárias condições sanitária e de higiene eram uma porta aberta para proliferação de doenças como sarampo e cólera, além dos surtos de piolho que eram muito comuns nos navios.
Os imigrantes italianos viajavam na parte inferior dos navios, perto dos porões, locais úmidos e sem ventilação, em quartos lotados, ocupados muitas vezes por mais de uma família.
Nessas condições, não era muito difícil ocorrer mortes durante a viagem até o Brasil. Como não era possível permanecer como os corpos dentro dos navios, eles eram colocados em um saco de pano e lançados ao mar após uma pequena cerimônia religiosa.
Para ajudar a passar o tempo dentro do navio, tornar a viagem mais leve e evitar que o pensamento pairasse em tudo e em todos que foram deixados para trás, a cantoria era comum, e uma das músicas preferidas era a canção folclórica Mérica, Mérica: – “Mérica, Mérica, Mérica, cossa sarà ‘sta Mérica? Mérica, Mérica, Mérica”.

Pesquisa: Internet

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