7 de fevereiro de 2017

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BEDIN V.I.P.

PAULO BEDIN

Produtor põe ar-condicionado para porcos e aumenta produção
       
Inspirado na brisa úmida vinda do mar, enquanto passava férias no litoral sul, o produtor rural Paulo BEDIN inovou e criou um sistema de refrigeração que pudesse melhorar a qualidade de vida dos animais
O Sul do Estado é responsável por 80% da produção de suínos do Espírito Santo. Com o desafio de aumentar a produção em um município conhecido pelo clima quente e seco durante boa parte do ano, um produtor de Cachoeiro de Itapemirim desenvolveu um mecanismo de refrigeração para os porcos. Com a temperatura corporal dos animais mais amena, ele conseguiu aumentar a produtividade.

Quando a temperatura sobe muito, as matrizes ficam inquietas e mortes aumentam - Crédito: Arquivo




Inspirado na brisa úmida vinda do mar, enquanto passava férias no litoral sul, o produtor rural Paulo BEDIN inovou e criou um sistema de refrigeração que pudesse melhorar a qualidade de vida dos animais, que ficam confinados num local pequeno e sob as altas temperaturas, típicas de Cachoeiro. O invento ganhou forma há um ano.

“O sistema joga o ar fresco com umidade. Um motor gera o vento, que passa por tubulações com água até chegar aos cochos. O vento sai direto para a cabeça do animal, onde é regulada a temperatura corporal dos porcos. Com isso, as matrizes, cerca de 70 neste sistema, estão reproduzindo mais e com menor mortalidade”.

O pai de Paulo, Pedro BEDIN, que iniciou a produção há 30 anos, explica que a temperatura é fundamental para a ‘maternidade’. “A gestação dura 114 dias. No calor, elas sofrem, ficam inquietas, o que aumenta o risco de mortalidade”.

O sistema é usado apenas durante a gestação das matrizes e quando os leitões nascem. O investimento foi de R$ 2,5 mil. O gasto seria dez vezes maior se fossem instalados ar-condicionados convencionais. O engenheiro Agrônomo do Incaper, Paulo Schalders, analisa as vantagens da invenção. “No modo convencional, o ar condicionado iria abaixar muito a umidade do ar, dando um desconforto ao animal, o que é diferente neste sistema”, relata.

Esse tipo de inovação, segundo ele, é comum no país, é quando produtores desenvolvem a chamada técnica adaptada. “Eles criam uma solução para o tipo específico de problema que encontram no dia a dia”.

Hoje, os produtores possuem 600 animais em uma granja no bairro Aeroporto. Os animais são vendidos para um matadouro de uma grande empresa de embutidos, no município, e supermercados da região.

De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura, 30% das propriedades rurais de Cachoeiro produzem suínos, totalizando 605. Destas, 602 produzem para a subsistência ou são pequenos produtores. Três são grandes. Juntas, são responsáveis por colocar 9,8 mil animais no mercado todos os meses.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, José Arcanjo, fala da importância da suinocultura para Cachoeiro. “É uma atividade em crescimento, que emprega muitas pessoas ao longo da cadeia produtiva, contribuindo para a geração de renda e também geração de impostos”, diz o secretário.

Fonte: A Gazeta

Pesquisa:Internet


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