17 de junho de 2017

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BEDIN V.I.P.

GIANCARLO LUCHETA BEDIN




Gás residencial em Criciúma (SC)


A ordem de serviço para a construção da rede de gás residencial em Criciúma foi entregue simbolicamente na tarde de ontem, durante um evento no Paço Municipal. As obras iniciaram no mês passado e têm previsão de término em junho de 2010. O projeto Criciúma Residencial prevê uma rede com cerca de 5,5 mil metros de extensão, que passará pelos bairros Comerciário, Pio Corrêa, Centro e Michel. A previsão é que até dezembro deste ano 1,7 mil metros da rede estejam prontos. No estado, apenas Florianópolis já possui o gás canalizado em residências. São José e Criciúma serão as próximas cidades a receberem o serviço.

O município já possui, desde 2003, uma rede de quatro quilômetros de gás natural que atende alguns comércios, a Sociedade Recreativa Mampituba e um condomínio residencial. Segundo o gerente de Mercado Urbano e Veicular da SCGás, Giancarlo Luchetta BEDIN, Criciúma é o município catarinense com mais carros convertidos para gás natural veicular (GNV) e a região, uma forte consumidora do combustível industrial. A estatal fez um levantamento de mercado que constatou um potencial de consumo de gás canalizado por 200 prédios nos quatro bairros. "As obras ficam prontas no ano que vem, mas como nem todos os consumidores devem aderir imediatamente ao gás canalizado, temos a previsão de que em três anos estejamos fornecendo o gás para 2,3 mil residências e 20 comércios", conta. A expectativa é que a SCGás comercialize cerca de 70 mil metros cúbicos por mês.

BEDIN afirma que o gás canalizado poderá ser usado para o funcionamento de fogões, fornos, aquecimento de água, churrasqueira, lareira, calefação e secadora de roupas e em lugares como condomínios, hotéis, restaurantes, lanchonetes, clubes, academias, escolas, lavanderias, padarias, hospitais, clínicas, shoppings e supermercados. Entre as vantagens levantadas por ele, estão o pequeno tamanho da central de gás - de meio metro quadrado, contra as "casas" para armazenar os botijões -, o fornecimento contínuo sem a necessidade de recargas e o pagamento apenas do que o apartamento, casa ou comércio consumiu. "Se você passar o mês todo na praia e não consumir gás, não vai pagar nada. Além disso, você irá pagar somente depois de usar o produto".

Economia entre as vantagens

Outra vantagem, segundo o gerente, é a economia. O metro cúbico do gás natural custa R$ 2,15 e no comparativo mensal de uma residência que utiliza o produto e outra que usa o gás de cozinha, em média, a economia é de 20%. A utilização do gás canalizado será opcional para os condomínios e os moradores. O prédio interessado em usar o produto terá o serviço gratuito da SCGás para fazer a ligação entre a rede da rua e o edifício. As instalações para levar o produto para dentro de casa são de responsabilidade do morador, segundo BEDIN. Cada residência terá um relógio de consumo e se o proprietário do imóvel quiser, a estatal faz o projeto para a instalação do gás. A taxa cobrada pelo serviço é de R$ 136 para a ligação para fogão ou R$ 234 para fogão e aquecimento de água. O valor poderá ser pago em 18 parcelas fixas, descontadas na conta de gás.

Residencial Livere é o primeiro

O primeiro edifício de Criciúma a adotar o gás canalizado será o Residencial Livere, localizado na esquina das ruas Cassimiro Milioli e Celestina Zilli Rovaris, da Construtora Fontana. Segundo Olvacir Bez Fontana, presidente da construtora, o prédio, em fase de acabamento, já foi projetado para receber o produto. E os demais residenciais que forem construído pela empresa em áreas próximas a rede também serão preparados para o gás natural. "É um benefício a mais para os moradores, reduz o espaço para a central de gás e a área pode ter outro uso, é ecologicamente correto e agrega valor ao empreendimento", afirma Fontana. Segundo ele, existe a possibilidade de prédios já construídos serem adaptados para receber o gás canalizado.

Construção da rede é chamado de não destrutivo

O gerente da SCGás explica que o método utilizado para a construção da rede é chamado de não destrutivo, já que a furação é direcionada. Assim, a estatal isola uma pequena área que demarca o início da furação. O solo é furado com a utilização de uma broca até chegar a um segundo ponto, também isolado pela SCGás. Um outro equipamento puxa até o primeiro ponto a tubulação por onde passará o gás, sem a necessidade de abrir valas.

Durante o evento de ontem, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Júlio César Wessler, solicitou à SCGás que nos pontos na Praça Nereu Ramos as obras da rede sejam feitas antes da recolocação das lajotas, retiradas em função das obras de saneamento básico. A intenção é evitar problemas na época de final de ano tanto para os consumidores quanto para os lojistas.

Abastecimento está garantido, diz SCGás

O presidente da SCGás, Ivan Ranzolin, afirma que o contrato da estatal com a Petrobrás para o fornecimento do combustível vai até 2019 e a garantia da tarifa a R$ 2,15 para o gás residencial vai até 2011. Mesmo quando o contrato terminar, Ranzolin diz que não há riscos de um desabastecimento. "A Bolívia vende gás natural apenas para o Brasil e a Argentina. O gasoduto argentino já está saturado. A Bolívia depende mais de nós que nós deles", diz. "Também há a prospecção de 70 milhões de metros cúbicos de gás natural nos próximos cinco anos com o Pré-Sal", complementa

Pesquisa:Internet





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