24 de agosto de 2018

Postagem 2.321
BEDIN V.I.P.

TAIS BEDIN
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Psicóloga Clínica, atua desde 2010 na clínica, Especialista em Terapia Sistêmica para Casais e Famílias, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental e Facilitadora do Programa de Prevenção Friends for Life

Acredita que a sua missão como psicoterapeuta, de modo colaborativo e humanizado, é auxiliar as pessoas a reconhecerem suas próprias possibilidades e a qualificar suas relações, para isso, desenvolve em seu consultório programas de prevenção e tratamento, para crianças, adolescentes e adultos.





Tais BEDIN 






Casei! O que vem agora?!

EDIN


O casamento é uma viagem a dois e se o casal puder contar com um guia evitarão viver apenas uma grande aventura.
“O que diferencia uma viagem de uma aventura é que uma viagem parte de um objetivo preciso e conta com um planejamento detalhado, e uma aventura a gente vai à deriva. Já vivi aventuras, mas fazer a volta ao mundo requer mais do que vontade, requer iniciativa e o exercício bonito de construir um pedacinho do futuro”. Amir Klink
Ter um roteiro para esta viagem não isenta o casal de viver possíveis dificuldades durante o trajeto, mas os torna menos vulneráveis e mais fortalecidos para enfrentarem as possíveis dificuldades de uma vida conjunta.
Pela primeira vez na história da humanidade o casamento é uma escolha baseada apenas no amor, e apesar dele ser uma força poderosa para a união são necessárias qualidades pessoais na construção e manutenção de uma relação saudável.
Quando nos casamos corremos o risco de nos casar com duas pessoas: aquela que desejo e aquela que realmente tenho, por isso, é fundamental os indivíduos tornarem-se conscientes de suas expectativas e desejos sobre o outro, para que assim possam construir acordos mais possíveis e realistas.
É comum jovens casais mencionarem os desafios da vida conjugal nos primeiros anos de relacionamento, e alguns teóricos mencionam que as adaptações são necessárias e possíveis principalmente nos três primeiros anos de casamento.
O casamento pressupõe acordos e os mais comuns para aqueles que ingressam agora nesta jornada são:
  • Acordos sobre a divisão dos trabalhos: organização da casa, limpeza das roupas, manutenção da casa, almoço, compras de supermercado e dentre outras;
  • Acordos sobre a implementação do orçamento doméstico: quem paga o que? Farão uma conta conjunta? Investimentos? Quem ficará responsável pela administração das finanças, ambos?
  • Acordos sobre os espaços individuais (toleráveis e possíveis) e conjugais, como lazer, estudo e vida social individual e do casal.
  • Acordos sobre a convivência com a família de origem de ambos: isso ajuda o casal a equilibrar e não saturar a convivência familiar. Fiquem atentos as regras pessoais que ditam que todo domingo “o almoço será na minha avó”, “todo fim de tarde o chimarrão será na casa da minha mãe” ou “minha mãe ficará com as chaves de casa para nos ajudar”. Devem ser revisitados sempre que a convivência causar incomodo em um dos cônjuges e discutida com muita sensatez.
Com os acordos ajustados e o casal se esforçando para construir seu lar, costumo brincar que quando nos casamos não somos apenas dois, mas quatro! Porque carregamos em nossa bagagem tudo aquilo que aprendemos em nossa família de origem, logo as divergências existirão, mesmo com tantas afinidades.
O respeito a alteridade, ou seja, a subjetividade do outro é ferramenta essencial para construção de um relacionamento saudável, assim como o respeito a família de origem de nosso cônjuge e o esforço de aprender a conviver com tolerância as diferenças.
Se uma relação supõe afinidades e divergências, o risco de um desentendimento é real. Gottman em um estudo longitudinal descobriu alguns comportamentos que aumentam a probabilidade de ocorrer um divórcio, sendo a crítica  um deles.
Você sabia que existe uma diferença significativa entre a queixa e a crítica ao falar sobre um problema no casamento?
A queixa é a apresentação de um problema de maneira assertiva, pontual e direcionada para uma resolução de problemas. Por exemplo: “Gostaria que você colaborasse com a organização da casa não deixando suas roupas jogadas no sofá quando chega do trabalho.”
E a crítica é a apresentação do problema de maneira desqualificadora, com foco em procurar um culpado e com um tom desqualificador. Por exemplo: “Eu não aguento mais a sua bagunça, você é um desorganizado e preguiçoso.”
A fórmula para evitar o uso de críticas é tentar conversar sobre os problemas assim que eles aparecem, evitando mágoas e ressentimentos. Deste modo, o casal constrói uma abertura para o diálogo, uma postura e um sentimento de cooperação, consideração e entendimento mútuo, fundamentais para a manutenção de um vínculo afetuoso.
Infelizmente todos sabemos que não existe receita de bolo ou fórmula mágica, mas há comprovadamente uma postura, recheada de qualidades individuais, que colaboram para um relacionamento mais duradouro e saudável.

Pesquisa: Internet

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