27 de agosto de 2018

Postagem 2.324
BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCINIR BEDIN 


- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo

Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele 


beleza

A perda de cabelos afeta, em menor ou maior grau, 100 milhões de mulheres no mundo, mas a maioria dos casos é reversível

Queda livre

IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ficar careca não é sonho de ninguém, mas, para as mulheres, a perspectiva é pior do que um pesadelo. O temor, que pode parecer exagerado, afeta em algum grau cerca de 100 milhões de mulheres no mundo, que, segundo as estatísticas da Academia Americana de Dermatologia, sofrem de alopecia -perda anormal e diminuição dos fios de cabelo. Segundo Valcenir BEDIN, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos dos Cabelos, 50% dos pacientes que procuram tratamento são mulheres. Difícil de acreditar, já que a alopecia feminina não é tão visível.

"É muito duro perder os cabelos. Isso me deixava deprimida, o que só piorava a situação, pois a depressão aumenta a queda. Eu não queria nem sair, mas tinha de acompanhar meu marido. Acabei comprando uma peruca"


"Nas mulheres, a queda segue um padrão diferente. Geralmente é difusa, ocorre mais no topo da cabeça e preserva a linha frontal -as chamadas "entradas", comuns em homens", diz BEDIN. Com essas características e os fios normalmente mais longos, é mais fácil disfarçar quando as falhas começam a surgir.
Só que disfarce nenhum é capaz de sossegar uma mulher que está perdendo cabelos. "Você vira os fios para um lado e para o outro, mas não adianta. Quando alguém olhava para mim na rua, eu tinha certeza de que estava reparando nas falhas do meu cabelo", diz a programadora de computadores Silvana Gomes Lucena, 24, que tem alopecia desde a adolescência, mas só há pouco tempo iniciou um tratamento cujos resultados ela considera satisfatórios.

OSCILAÇÕES HORMONAIS

Tratamentos cosméticos costumam ter pouco efeito. Eles podem melhorar a aparência dos fios, mas não agem na raiz do problema. "O fundamental é fazer um exame detalhado para descobrir o que está causando a queda. Com um bom diagnóstico, a alopecia feminina é quase sempre reversível", afirma Luciano Barsanti, diretor-médico do Instituto do Cabelo, em São Paulo, e membro do American Hair Loss Council (conselho americano de queda de cabelos).

A causa mais comum são alterações hormonais que levam a um aumento da produção de andrógenos (hormônios sexuais masculinos). Essas podem ser desencadeadas por fatores como estresse, ovário policístico, distúrbios da tireóide (hipo ou hipertireodismo) e alterações da glândula supra-renal. Em situações como o pós-parto e a perimenopausa (imediatamente antecedente à menopausa), é comum haver um aumento significativo da queda.

Nesses casos, as mulheres têm uma vantagem em relação aos homens: há menos restrições ao uso de bloqueadores de testosterona (o hormônio masculino relacionado à queda).

Segundo Valcenir BEDIN, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos dos Cabelos, 50% dos pacientes que procuram tratamento são mulheres


Mesmo com várias opções de tratamento, Helena Lonickova, 25, não encontrou solução para o seu caso em seu país natal, a República Tcheca. "Os médicos diziam que era um distúrbio hormonal, mas que não havia o que fazer", conta. Quando se mudou para o Brasil para acompanhar o marido, atual cônsul da República Tcheca em São Paulo, Helena já tinha perdido 60% dos fios. "É muito duro perder os cabelos. Isso me deixava deprimida, o que só piorava a situação, pois a depressão aumenta a queda. Eu não queria sair, mas tinha de acompanhar meu marido nas cerimônias oficiais. Comprei uma peruca", conta.

Sua alopecia tem origem genética, uma das causas mais comuns da calvície masculina, mas que também ocorre em mulheres. Com 80% dos fios de volta, Helena passa há cerca de dez meses por um tratamento que inclui bloqueadores de hormônios, nutrientes e mesoterapia (injeções locais de produtos).

FIOS DESNUTRIDOS

A deficiência de nutrientes é outra causa freqüente da alopecia feminina. "A má alimentação, com a carência de ferro que certas dietas da moda podem provocar, é um dos motivos para a queda", diz Doris Hexsel, coordenadora de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia. "Nas mulheres, é comum as reservas de ferro não serem altas. Se, por algum motivo -uma dieta de exclusão, por exemplo-, ficam abaixo do nível necessário para suprir órgãos vitais, o organismo não manda ferro para o couro cabeludo. Sem esse nutriente, não são fabricados novos fios", diz Bedin. Hexsel acredita que características da vida moderna -como comer mal e viver sob estresse- explicam o aumento das queixas sobre perda de cabelos entre as mulheres.

Além das causas hormonais e das metabólicas (deficiência de nutrientes), a alopecia pode ter causas mistas. "Micoses, alergias ou o pós-cirúrgico de procedimentos como redução do estômago e lipoaspirações de grande porte também desencadeiam queda excessiva", afirma Barsanti.
Qualquer que seja a origem do problema, os especialistas afirmam que as chances de cura são grandes. "Já que em medicina não dá para falar em 100%, digamos que pelo menos 95% dos casos de alopecia feminina podem ser solucionados", diz BEDIN

Pequisa:Internet


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