19 de março de 2024


Postagem 5.413

BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCINIR BEDIN

Prof. Dr. Valcinir BEDIN, MD, MSc, Phd, PD

Registros
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – 39013
Registro de Qualificação de Especialista em Dermatologia –85178
Registro de Qualificação de Especialista em Nutrologia – 49981

Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

 

Tricologia
Cosmética capilar étnica
Janeiro/Fevereiro 2024
Valcinir BEDIN

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN

O cabelo exerce função social e de autoafirmação; determina estilos e moda, chegando a ser ícone de algumas gerações. Mas, além da função estética, os cabelos são responsáveis pela proteção da pele contra a radiação solar, além de ajudar a diminuir o atrito com a pele, a proteger orifícios e, em algumas áreas do corpo, têm função tátil, de percepção de sensibilidade.

O folículo piloso, local no qual se originam cabelos e pelos, começa a se desenvolver ainda na fase embrionária do bebê, por volta da nona semana. Após a 22a semana, todos os folículos do corpo já estão maduros. Isso significa que o número de folículos que uma pessoa terá já está determinado antes mesmo de ela nascer, incluindo-se na conta os do couro cabeludo.

O folículo piloso forma-se a partir de projeções da epiderme para o interior da derme durante a embriogênese. Os pelos finos que recobrem a maior parte do corpo são denominados velus, e os pelos mais longos e espessos, presentes em couro cabeludo, barba, cílios, região pubiana e axilas, são denomi nados pelos terminais.

O folículo é dividido em segmento superior e inferior. O segmento superior constitui-se de infundíbulo – porção que vai da abertura do folículo na superfície até a inserção da glândula sebácea – e istmo – fica entre o duto sebáceo e vai até a inserção do músculo eretor do pelo. O segmento inferior é formado pela haste, segmento que vai do istmo ao bulbo, e pelo bulbo, porção mais inferior do folículo.


O folículo piloso é composto por haste pilosa, bainha folicular interna e externa e bulbo germinativo. A matriz, no interior do bulbo, é constituída por células epiteliais e melanócitos, e sua base envolve a papila, formada por tecido conectivo e vasos. As células do bulbo se multiplicam e dão origem à haste pilosa, que é formada por células queratinizadas cobertas por cutícula.

Cabelos apresentam diferentes características, de acordo com o grupo étnico ao qual a pessoa pertence e da genética de cada um. As variações raciais e individuais irão determinar o padrão de crescimento e também a forma e a textura.

Cabelos lisos são típicos de etnias mongólicas, orientais, esquimós e indígenas.

Cabelos ondulados são típicos dos caucasianos, mas podem ser encontrados em diversas etnias.

Cabelos crespos, comuns na etnia negra, possuem forma- to elíptico e achatado helicoidal, o que lhe confere aspecto encaracolado.

As proteínas, cujo nome vem da palavra grega protos, que significa “a primeira” ou a “mais importante”, são as biomoléculas mais abundantes nos seres vivos. As proteínas assumem uma diversidade de funções biológicas, com propriedades e atividades fantasticamente distintas. Elas são polímeros cujas unidades constituintes fundamentais são os aminoácidos.

Os cabelos são classificados em três tipos, de acordo com as etnias: afroamericano, caucasiano e oriental. A comparação entre os diversos tipos de cabelos na forma virgem mostra que eles possuem propriedades mecânicas diferentes entre si.

Independentemente do fato de ser liso, ondulado, crespo ou encaracolado, um cabelo é sempre o mesmo. A análise química não mostrou nenhuma diferença bioquímica principal entre os vários grupos étnicos. Sua composição básica é de queratina invariavelmente. Por outro lado, a forma do cabelo varia enormemente. As diferenças dependem em grande parte da secção transversal do cabelo e de como ele cresce. Estudos indicam que estes dois elementos estão intimamente relacionados à forma do folículo piloso e a sua posição no couro cabeludo.

A seção transversal de um cabelo é uma elipse que pode tender mais ou menos para um círculo. Uma analogia com outros materiais mostra como a secção transversal pode influenciar na aparência do cabelo no espaço: nas mesmas condições de tamanho, uma faixa fina se enrola muito mais facilmente do que uma corda cilíndrica. Por isso, os asiáticos possuem cabelo com uma secção transversal mais grossa e cilíndrica, enquanto os africanos possuem uma secção transversal achatada e fina, formando o cabelo crespo e encaracolado com anéis de até poucos milímetros de diâmetro. Caucasianos possuem uma seção transversal muito mais variada, porém sendo mais ou menos elíptica. O cabelo dos caucasianos vai desde o ondulado até bastante cacheado.

Isso tudo nos leva a uma simples conclusão: não podemos tratar igualmente todos os tipos de cabelos. Temos que levar em consideração esses dados descritos na hora de formular produtos adequados a cada etnia. O especialista que honra o nome já sabia disso.


Pesquisa:Internet



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário