25 de fevereiro de 2022

 Postagem 3.898

BEDIN V.I.P.

RODRIGO BEDIN 

Rodrigo BEDIN

ActivTrades, corretora global de derivativos, chega ao Brasil e mira o investidor de varejo

O depósito mínimo para a realização da abertura de conta vai ser de R$ 2,5 mil e o investidor pessoa física vai poder comprar contratos de índices de forma fracionada; estratégia da corretora para atrair os brasileiros será pautada na educação financeira


Por Yasmim Tavares, Valor Investe — Rio

08/02/2022 06h10 Atualizado há 2 horas


A corretora ActivTrades, sediada em Londres e com atuação global em operações no mercado de derivativos, foi autorizada pelo Banco Central para iniciar suas atividades no Brasil. Atualmente, a plataforma disponibiliza mais de mil derivativos que oferecem exposição a índices, ações, commodities, ETFs e títulos de dívida.


Rodrigo BEDIN, responsável por comandar as operações da corretora no país, destaca que a ActivTrades chega ao Brasil para se tornar mais uma alternativa de investimento voltada para as pessoas físicas. “No Brasil, o mercado de balcão foi perdendo relevância ao longo do tempo, principalmente na oferta para o público do varejo. Mas o diferencial é que, por meio da plataforma, os investidores brasileiros vão ter acesso a uma gama ainda maior de produtos, sobretudo internacionais, como, por exemplo, investir em um contrato que replica o índice americano S&P 500”, explica.


A corretora, até então, atendia todos os clientes a partir de suas operações na Europa e, por isso, seguia a regulação prevista em território europeu. Com a permissão do Banco Central para atuar no país, porém, a ActivTrades também passa a responder as regras determinadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que, na visão de BEDIN, “traz ainda mais segurança para os investidores brasileiros realizarem as negociações por meio da corretora”.


Os derivativos, por se tratarem de um tipo de investimento que ainda não é muito presente na vida dos brasileiros, a estratégia da corretora para atrair o público do varejo conta com o apoio do Special Squad Traders (SST), grupo de investidores independentes especializados em educação financeira que reúne uma rede com mais de 100 mil pessoas.


Eduardo Garufi, presidente do SST, explica que o diferencial da corretora trata-se da possibilidade que ela oferece ao brasileiro a possibilidade de investir em produtos internacionais. “Como o BEDIN falou, o cliente que abrir uma conta na corretora vai poder operar um contrato que replica o S&P 500. O que isso significa? Agora ele não vai mais precisar abrir uma conta no exterior, nem fazer uma transferência internacional para acessar os produtos lá fora. Ele sabe que o dinheiro está aqui, no Brasil, e que tem um escritório para bater na porta, caso queira”, afirma.


Em paralelo ao serviço oferecido pela corretora, acrescenta Garufi, o objetivo do SST vai ser, principalmente, ensinar sobre o mercado de derivativos e educar os investidores para que eles se tornem pessoas conscientes dos riscos envolvidos nas operações. “Quando a pessoa entra no universo dos investimentos em busca de uma rentabilidade maior, mas ainda tem um perfil iniciante, o risco passa a ser assimétrico, pois ela arrisca mais do que a possibilidade que tem de ganhar. Então, por meio de uma educação básica, ela vai adquirir conhecimento para entrar nesse mercado”.


Neste sentido, a ActivTrades e o SST, juntos, vão disponibilizar programas gratuitos de educação básica nas diferentes plataformas disponíveis, como o Youtube e o Telegram.


Em relação aos critérios para abertura de conta na corretora, BEDIN explica que o investidor vai precisar fazer o teste de perfil (suitability), composto por dois exames técnicos para avaliar a experiência de mercado e a capacidade financeira da pessoa. Já o depósito mínimo para a realização do cadastro vai ser de R$ 2,5 mil e o investidor vai poder comprar contratos de forma fracionada.


“Para qualquer investidor operar um mini de S&P 500, que é um contrato de derivativo futuro nos Estados Unidos, é preciso desembolsar uma quantia entre US$ 2 mil a US$ 3 mil. Mas, no caso da ActivTrades, o que ela faz é dar a possibilidade de fracionar esse contrato em um centésimo e, assim, garantir que o investidor adquira o ativo com um risco menor”, reforça Garufi, da SST.


Sobre os custos para operar pela plataforma, BEDIN esclarece que não vai ter custo de manutenção de conta e nem de custódia, já que os ativos negociados são derivativos. Entretanto, como o modelo de negócio da ActivTrades depende da cobrança pela operação, vai ser cobrada uma taxa que pode variar conforme a liquidez do mercado.


“No mercado de derivativos não há uma comissão fixa, mas sim um spread [taxa que representa a diferença entre o valor da venda e o da compra]. A gente acaba ficando suscetível às condições do mercado, mas tem essa condição do spread médio que fica disponível na plataforma. Então, na hora que o investidor acessar para operar algum contrato, ele vai conseguir saber o custo, que é dinâmico, daquele momento, e também o spread médio”, explica.


A plataforma, que possui 145 mil clientes em todo o mundo, investiu R$ 33 milhões para iniciar as operações no Brasil e tem planos ambiciosos para atrair os investidores locais. Segundo o presidente da ActivTrades, a expectativa é crescer em 10 vezes o número de clientes no Brasil, dos atuais 27 mil para 270 mil até o final de 2023.


Para isso, o plano da corretora é cumprir o cronograma de implementação de novos produtos no país até o final de 2022. Em março, conforme explicou BEDIN, a ActivTrades inicia a integração à B3 para, posteriormente, em abril e maio, entrar no mercado de balcão. Já em julho e agosto, a plataforma passa a ofertar contratos futuros e, a partir de novembro, prevê iniciar os negócios com ações brasileiras.

Pesquisa:Internet


Nenhum comentário:

Postar um comentário