3 de abril de 2022

 

Postagem 3.950

BEDIN V.I.P.

EDUARDO LEITE BEDIN 

Eduardo Leite BEDIN

“O seu filho tem mongolismo e isso não tem cura"

Eduardo, hoje com 31 anos, casado e graduado em Educação Física, contrariou por completo a previsão do pediatra que o trouxe ao mundo

21 mar 2022 - 13h31 atualizado às 13 hs 34

 

 Neuza foi mãe de um garoto com síndrome de Down nos anos 90 e desde então se tornou uma ativista da causa da pessoa com deficiência

Neuza foi mãe de um garoto com síndrome de Down nos anos 90 e desde então se tornou uma ativista da causa da pessoa com deficiência

Foto: Arquivo Pessoal

Neuza da Cruz Leite só descobriu que seu filho tinha síndrome de Down ao dar à luz, em 14 de janeiro de 1991, em Porto Alegre. A notícia foi dada pelo próprio pediatra que acompanhou a gestação, da pior maneira possível: “o seu filho tem mongolismo e isso não tem cura. O que você pode fazer por ele é dar alimentação, amor e ficar com a certeza de que nunca soltará da bainha da sua saia”.

A atitude do profissional foi o pontapé inicial para que ela buscasse caminhos para viabilizar uma vida de autonomia e independência para o filho, Eduardo Leite BEDIN, hoje com 31 anos.

Filho de funcionários públicos, Eduardo teve o privilégio de receber estimulação precoce, fazer acompanhamento de fonoaudiologia e psicopedagogia desde a primeira infância. Apesar disso, Neuza enfrentou as dificuldades da inclusão escolar e esbarrou com todos os tipos de preconceitos, que ainda não levavam o nome de capacitismo.

Contrariando a previsão do médico, Dudu viveu a sua vida e não a da mãe. Fez graduação em educação física, é um profissional registrado no CREF 2 (Conselho Regional de Educação Física do RS), e atua como auxiliar voluntário em projetos esportivos de judô.

 

 Eduardo é o primeiro aluno com Síndrome de Down licenciado em Educação Física, pela UNOPAR Polo Rosário do Sul (RS),

Eduardo é o primeiro aluno com Síndrome de Down licenciado em Educação Física, pela UNOPAR Polo Rosário do Sul (RS),

Foto: Arquivo Pessoal


Em 2019, se casou com a musicista Florença Sanfelice - também uma pessoa com síndrome de Down – que, além do canto, toca violino e violão. Para a lua de mel, escolheram conhecer o Rio de Janeiro.

O casal vive em seu próprio apartamento, tocando as atividades da vida diária no seu ritmo e com supervisão. Fugindo de qualquer estereótipo, Dudu e Florença são pessoas e não deficiências. Ambos possuem características e demandas diferentes, mas são donos de uma vida ativa.

 

 Casal se conheceu em 2017, na formatura de Eduardo, quando Florença foi tocar violino na cerimônia

 

Casal se conheceu em 2017, na formatura de Eduardo, quando Florença foi tocar violino na cerimônia


 
Dudu sonha em um dia ser pai e ainda espera por um trabalho efetivo na sua área de formação.

"Falta de incentivo e oportunidade, mas não há nada que a síndrome de Down me impeça de fazer".

21 de Março


Pesquisa:Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário