17 de setembro de 2023


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BEDIN V.I.P.

LEANDRO LUIS BEDIN FONTANA

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LEANDRO LUÍS BEDIN FONTANA

Teólogo: os evangélicos representam 25% do cristianismo

16/08/2023 11:57
Alemanha/Igreja/Sociedade, População/Religião/Política/Economia/Evangélicos/América Latina


As comunidades da Igreja Evangélica na América Latina estão crescendo, enquanto a Igreja Católica sofre com a escassez de padres e estruturas hierárquicas - Estreita relação entre igrejas pentecostais, política e negócios
Bonn, 16 de agosto de 2023 (KAP) Uma forte orientação emocional, uma religiosidade supostamente realista e hierarquias planas: por causa desses atributos, as comunidades evangélicas estão crescendo, especialmente na América Latina, e ao mesmo tempo estão se movendo entre a magia religiosa e a tendências antidemocráticas, como o teólogo brasileiro Leandro  Luis BEDIN Fontana explicou em entrevista à revista Steyler Missionaries "Leben now" (edição 9/2023). Não apenas na América Latina, mas também em todo o mundo, 25% dos cristãos pertencem a uma igreja evangélica. Até a década de 1990, mais de 90% da população latino-americana era católica; atualmente, deve ser apenas 60 por cento.

Enquanto a Igreja Católica sofre com a falta de padres e estruturas excessivamente hierárquicas, as congregações evangélicas pregam uma espécie de "evangelho da prosperidade" que deveria melhorar as condições de vida. "A crença subjacente é que quanto mais você dá, mais recebe de Deus", diz o especialista em pentecostalismo. Além disso, existem conceitos morais conservadores e uma guerra cultural contra os valores liberais.

"Sua agenda é neoliberal, parcialmente antidemocrática, desacoplada dos direitos humanos, com tendências populistas e fascistas, entre outras coisas", disse Fontana, que leciona no Instituto para Igreja e Missão Mundial da Universidade Filosófica-Teológica de St. em Francoforte. Isso inclui, por exemplo, a rejeição de uma chamada ideologia de gênero, homossexualidade e aborto.

Apoio a Trump e Bolsonaro

Nas eleições, os respectivos líderes evangélicos também falariam "pelo seu candidato", como Donald Trump nos EUA ou Jair Bolsonaro no Brasil. Durante a campanha eleitoral, os dois políticos se referiram a si mesmos como "escolhidos de Deus", "instrumentos de Deus" ou "ungidos". Soma-se a isso sua "natureza de combate", que a torna a melhor pessoa para os evangélicos - independentemente de sua moralidade - avançarem na política cristã.

Há também uma forte conexão entre igrejas e empresários e instituições financeiramente fortes "cujo objetivo claro é o poder, tanto econômica quanto politicamente". Por exemplo, Bolsonaro não foi apoiado apenas pelos evangélicos, mas também pelo lobby das armas e do agronegócio,

Dinheiro não para o álcool, mas para a igreja

Um quadro diferente é dado pelos membros da igreja, que estão preocupados por um lado com a fé e por outro com a melhoria de suas condições de vida, esclareceu Fontana. Os pobres, por exemplo, não gastam mais dinheiro com álcool, pois o consumo de álcool é proibido em muitas igrejas evangélicas, podendo assim melhorar sua situação social. Uma parte da renda dos crentes vai para o pastor e para a igreja. "Alguns ficaram incrivelmente ricos como resultado", observou o teólogo.

As igrejas pentecostais em particular, cujos pastores muitas vezes vêm das favelas, estão se adaptando às sociedades indígenas onde o físico, o emocional e o mágico ainda desempenham um papel importante. Fontana relatou que havia transe, fala em línguas, cura ou expulsão de espíritos malignos durante as missas.

A Igreja Católica reagiria a esse desenvolvimento "adaptando-se ou carismatizando-se às igrejas pentecostais com a tolerância do Vaticano". Segundo o especialista em igrejas evangélicas, o Vaticano também mantém um diálogo teológico com as igrejas pentecostais para evitar que sejam abusadas politicamente por poderosos manipuladores.


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