8 de setembro de 2023

 

Postagem 4.723

BEDIN V.I.P.

 
PROF.DR. VALCINIR BEDIN

 

Prof. Dr. Valcinir Bedin, MD, MSc, Phd, PD

Registros
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – 39013
Registro de Qualificação de Especialista em Dermatologia –85178
Registro de Qualificação de Especialista em Nutrologia – 49981

Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Valcinir BEDIN

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN

A palavra minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos, culturais e científicos que percorreram diversos momentos do século XX e preocuparam-se em fazer uso de poucos elementos fundamentais como base de expressão. Os movimentos minimalistas têm grande influência nas artes visuais, no design, na música e na própria tecnologia. O termo pode ser usado para descrever as peças de Samuel Beckett, os filmes de Robert Bresson, os contos de Raymond Carver, os projetos automobilísticos de Colin Chapman e até mesmo a linha teórica adotada pela gramática gerativa desde o fim do século XX.


O estilo de vida minimalista baseia-se em diminuir drasticamente os níveis de consumo, adquirindo apenas os objetos necessários para uma vida plena. Mas, além disso, essa forma de viver busca olhar para os prazeres que o consumo desenfreado não compra.


Especialmente entre os jovens podemos observar isso claramente. Cinquenta anos atrás o sonho do adolescente era, ao fazer 18 anos, ganhar um automóvel! Hoje eles acham isso um absurdo. Os aplicativos de transporte substituíram esse desejo.


Os adultos jovens também deixaram de lado o sonho da casa própria, como se a propriedade fosse um crime.


Isso preocupa até os economistas, que veem nessa tendência um problema grave para o sistema capitalista.


As formulações minimalistas têm se consolidado como uma tendência, tanto para atender às demandas dos consumidores conscientes, que buscam uma rotina simplificada e mais sustentável, quanto para lidar com os desafios econômicos atuais.

Com a crise global e o aumento do custo de vida, muitos consumidores estão repensando o que valorizam em seus produtos de cuidados pessoais. As gerações mais jovens, em particular, expressam um maior interesse por produtos limpos do ponto de vista ambiental.


Muitos consumidores têm adotado estratégias para economizar, seja optando por marcas mais acessíveis ou simplificando suas rotinas de cuidados pessoais. Essa mudança também tem impactado as visitas aos salões de beleza, reduzindo ou interrompendo o uso de serviços. Diante desse panorama, as empresas têm uma oportunidade única para inovar, com fórmulas minimalistas, que ofereçam poucos ingredientes, mas múltiplos benefícios aos cabelos, além do conceito de eco design, ou seja, desenvolvidas com processos de baixo consumo de energia, que sejam concentradas e permitam um enxágue rápido, contribuindo para o uso mais consciente da água.


Não se pode esquecer as embalagens, que devem também seguir esta tônica, serem biodegradáveis, leves, recicláveis, minimalistas!

Falando de shampoos, há aproximadamente 30 anos, iniciou-se uma tendência de se criar produtos que reunissem, numa mesma formulação, dois ou três princípios ativos com funções diversas, tipo um shampoo e condicionador juntos (o famoso 2 em 1) ou com um agente anticaspa (3 em 1). Era o início do minimalismo, mesmo que esse nome não fosse utilizado.


A evolução deste tipo de produto tem que levar em consideração até a cor do frasco que contém o produto, para evitar a interferência da luz. Ou shampoos que limpam sem água, o mais minimalista possível.

Quando incluímos princípios ativos diversos num mesmo produto, temos sempre os prós e os contras. No lado positivo, vamos ter a facilidade de uso e a praticidade. No lado negativo, vamos ter a eventual não necessidade de algum princípio ativo para determinadas situações, o que levaria a um custo maior desnecessário no produto final.


Isso é o que acontece com medicamentos que envolvem mais de um princípio ativo. Vamos tomar como exemplo uma medicação anti-hipertensiva. Em alguns casos, podemos reunir até três drogas distintas numa mesma cápsula ou em um comprimido. Isso facilita a posologia, evitando a sensação desagradável e, muitas vezes, emocionalmente ruim, do paciente estar tomando muito remédio. Mas e se for necessário retirar um ou outro princípio ativo da composição? O paciente perderá as cápsulas ou comprimidos que já havia comprado.


Cabe ao formulador experiente levar em consideração as reais necessidades dos consumidores e elaborar produtos que possam incluir o máximo de qualidades necessárias com o mínimo de princípio

Pesquisa:Internet



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