BEDIN V.I.P.
LUCIANO BEDIN DA COSTA
Estudantes redefinem as palavras: conheça um dicionário feito a muitas mãos
Projeto propôs que estudantes de dois a 95 anos definissem verbetes a partir de suas próprias vivências. O livro que resultou desse trabalho será lançado nesta terça, na Feira
Atualizada em 13/11/2017 - 17h23min
Bruna Porciúncula
Isadora Neumann / Agência RBS
A versão de quem fala: grupo reúne alguns dos estudantes que construíram um dicionário diferente
Isadora Neumann / Agência RBS
Família, morte, inferno e o nada. Tudo foi ressignificado pelas mãos de estudantes instigados a pensar no que essas e outras dezenas de palavras têm a dizer no universo íntimo de cada um. Esse dicionário, feito a muitas mãos, será lançado na tarde desta terça-feira (14) dentro da programação da Feira do Livro de Porto Alegre, no Santander Cultural. O livro Estátuas de Nuvens: Dicionário de Palavras Pesquisadas por Infâncias (Editora Sulina) é parte de um projeto do grupo de estudos Cabeça de Criança, da Faculdade de Educação da UFRGS, coordenado pelo professor Luciano BEDIN da Costa.
Estudantes de diferentes níveis escolares, entre dois e 95 anos, incluindo escolas bilíngues para surdos, indígenas e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), conceituaram verbetes a partir de suas vivências, em processos organizados pelos professores em sala de aula. Cada um a sua maneira. A proposta usou a estrutura de um dicionário como estratégia de provocação, inspirando-se na obra Casa das Estrelas: O Universo Contado pelas Crianças, do professor colombiano Javier Naranjo. Ele guardou por uma década as definições que seus alunos de três a 10 anos davam a palavras, sentimento e objetos.
— Os estudantes e as crianças raramente são ouvidos sobre coisas importantes da sociedade, até mesmo quando se fala em políticas públicas. O projeto quer dar voz a essas pessoas — diz BEDIN.
Pesquisa:Internet
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