7 de outubro de 2022

 

 Postagem 4.274

BEDIN V.I.P.

PROF.DR. VALCINIR BEDIN 

Prof. Dr. Valcinir BEDIN, MD, MSc, Phd, PD

Registros
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – 39013
Registro de Qualificação de Especialista em Dermatologia –85178
Registro de Qualificação de Especialista em Nutrologia – 49981

Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Tricologia
Empresas de produtos capilares e as práticas ESG

Setembro/Outubro 2022
Valcinir BEDIN
 colunistas@tecnopress-editora.com.br

Para podermos emitir nossas opiniões a respeito deste assunto vamos relembrar alguns conceitos. Em inglês, a sigla ESG significa Environmental, Social and Governance que, em tradução livre, seria Ambiental, Social e Governança. O importante é que essas três métricas são utilizadas por gestores de recursos financeiros para tomadas de decisões de investimento.

Ambiental, social e governança. Antes esses temas ficavam restritos a uma pequena parte de pessoas, hoje, empresas de grande capital estão considerando esses fatores antes de fazer investimentos, o que leva todo gestor a ter conhecimentos específicos sobre o tema e expertise para acompanhar cada fase de sua implantação.

A partir dos anos 2000, as instituições começaram a avaliar se o lucro a qualquer preço não poderia levar a prejuízos futuros ao meio-ambiente. Em 2003 as maiores gestoras de pensões do mundo se uniram e criaram um protocolo de princípios de investimento responsável, no qual as empresas se comprometeriam a criar métricas de avaliação da ESG.

Para começar esse processo, cada empresa se comprometeria a implantar métricas ambientais, sociais e de governança nos seus investimentos. A partir daí o gestor de ativos teria a responsabilidade de alocar os recursos de suas carteiras em instituições que mostrassem uma boa relação risco-retorno, minimizando o primeiro e maximizando o segundo.

A seguir vamos avaliar o que significa cada sigla, na prática.

- Environmental: o “E” de Environmental (questão am- biental) é a análise da empresa a fim de diminuir seus impactos no meio ambiente. Mas, por que isso é tão importante?

Ao analisar os riscos ambientais de uma empresa, os gestores conseguem evitar ou diminuir multas e acidentes ambientais que levam a um custo enorme.

Quando falamos em indústrias de cosméticos e, especificamente, de produtos capilares, os cuidados maiores devem ser em relação ao desprezo de produtos e ao descarte dos resíduos, que tem normas bem rígidas de controle.

As empresas na área da tricologia, de modo geral, pouco contribuem para o aumento do CO2 na atmosfera, mas este ponto tem que ser observado também, uma vez que todos nós, individualmente, contribuímos para esse aumento.

- Social: o “S” é de questão social. Já faz algum tempo que marcas famosas, especialmente de vestuário, são acusadas de contratar mão de obra barata, às vezes análogas à escravidão, especialmente no continente asiático. Além de ter um custo social enorme à região, atrasando o desenvolvimento e fo- mentando a pobreza. Há também um custo de reputação para as empresas, pois as pessoas não querem apoiar marcas que exploram pessoas. Logo, o gestor de recursos humanos deve cuidar dos colaboradores adequadamente, fornecendo um ambiente de trabalho sem riscos e saudável.

- Governança: neste aspecto não há nenhuma particularidade das indústrias de produtos capilares para as demais. O “G” aborda o risco de governança. Uma boa governança leva em conta todos os participantes das instituições, seja ele um controlador ou um pequeno investidor. Se o controlador está se beneficiando às custas dos seus sócios minoritários, algo está errado.

Há casos de organizações que colocam despesas pessoais como se fossem da empresa, sem abrir essas informações para os investidores. Não faz o menor sentido que sócios minoritários paguem por gastos particulares de controladores. Todas essas ações devem ser verificadas pelo analista, ao avaliar a governança de uma empresa.

Faz diferença para uma empresa ter boas práticas de ESG? Faz sim, uma enorme diferença!

Quanto mais o gestor buscar a inserção de minorias, buscando o equilíbrio de raças, gêneros, orientações sexuais na composição da empresa, nos clientes, nos acionistas, mais fácil vai ser para ele aplicar essas práticas, levando ao aumento do lucro e a diminuição de perdas.

A análise ESG não deve avaliar apenas o lucro, mas tam- bém os riscos que essa empresa corre. É muito importante para o conceito que a empresa tem junto a opinião pública e isso, consequentemente, pode levar ao aumento ou diminuição do seu valor no mercado.

Quando as organizações percebem que é estratégico pautar e analisar suas ações com base nas premissas da ESG, começam a se preocupar com a compensação, pois no futuro, certamente, esse custo vai ser muito mais alto do que é hoje.

Pode parecer apenas mais um ditado popular, mas, neste caso, é muito melhor prevenir do que remediar!


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