12 de outubro de 2015

Postagem 1.007
BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCENIR BEDIN

- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo

Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele






















Vida após o freezer
Marina Teles
 Você morre, então mergulham seu corpo em um tanque com 200 litros de nitrogênio a 196ºC negativos. Todo o sangue do seu corpo é substituído por gás liquefeito e, congelado, você permanece até que um dia, num futuro próximo ou muito distante, a ciência esteja tão avançada que os médicos serão capazes de descongelá-lo e devolver-lhe a vida. Ficou com medo? Pois há quem pague caro para passar por esta experiência.

A criogenia vai além do congelamento de corpos, como explica o professor da UNISANTA, Alfredo Cordella, "ela é uma ciência que trata da produção e manutenção de baixas temperaturas em sistemas específicos", ou seja, é um estudo da mudança das propriedades dos materiais em temperaturas muito baixas (próximo do zero absoluto).

Pode ser aplicada no eletromagnetismo (estudo dos fenômenos magnéticos) e na supercondutividade (capacidade de transportar carga elétrica em forma de corrente elétrica), mas é na medicina que a criogenia causa polêmica devido a possibilidade de se congelar seres vivos sem destruir as células, o que significaria a possibilidade de se ressuscitar corpos no futuro.

Hoje há mais de cem corpos congelados e cerca de 600 pessoas nas filas de espera das principais clínicas especializadas nos Estados Unidos. Na Alcor, a maior organização criônica do mundo, já existem 52 corpos e 12 cabeças congeladas.

A procura pela técnica aumentou logo após a morte de Ted Williams, um dos mais importantes jogadores de beisebol da história, que em julho de 2002 teve seu corpo enviado a uma clínica de congelamento para ter, a pedido do filho, apenas a cabeça congelada.

Na Inglaterra, a revista britânica de divulgação de ciência e tecnologia New Scientist, lançou um concurso em seu site oferecendo como prêmio um "vale-criogenia".

No Brasil, o médico dermatologista Valcenir BEDIN 47, será o primeiro a ser congelado depois de morto.

BEDIN é cliente da Alcor e pretende também montar um laboratório de pesquisa sobre criogenia, em parceria com a Universidade Bandeirantes de São Paulo. Os planos são de fazer uma parceria com a organização e trazer a tecnologia para o país.

O desafio - A experiência não é tão simples como parece. "Nós somos constituídos 70% por água. Você pode observar que, às vezes, ao colocar uma garrafa com no congelador ela explode. Isso porque o líquido aumenta de volume ao congelar. O mesmo acontece com o corpo. Ao congelar, o volume aumenta e as paredes celulares arrebentam", explica o professor Cordella. Por esse motivo o sangue do corpo é substituído por gás liquefeito.

Mas o maior desafio é congelar os tecidos e órgãos. Como as células são ligadas, a velocidade e eficiência do congelamento variam. Pode ocorrer isquemia, ou seja, danos por falta de oxigênio graças a parada de circulação do sangue. Sem oxigênio as células não podem fabricar seu combustível, chamado ATP.

O problema é que a isquemia leva à destruição de proteínas, DNA e outros componentes celulares. A rapidez do congelamento ajuda a diminuir esse efeito de perda do oxigênio, mas para dar resultado de fato seria necessário que tanto o crioprotetor (ou gás liquefeito) quanto a diminuição de temperatura ocorressem em todas as células rapidamente.

Para se ter uma idéia, o mesmo processo é utilizado no congelamento de espermatozóides. Não é prefeito, milhares de espermatozóides morrem, mas outros milhares sobrevivem e podem fertilizar óvulos, quando descongelados.

Vivo, morto - A idéia original era poder congelar seres vivos. Eles seriam induzidos a dormir e passariam por todo o processo para serem "acordados" futuramente.

Mas a lei é clara. O sujeito precisa estar legalmente morto, e, de preferência, de morte natural, para poder ir para o freezer.

De qualquer maneira uma coisa é certa: a técnica não tem qualquer garantia de resultados positivos e o corpo é mantido por até 200 anos, pois não se tem previsão do que poderá acontecer após esta data.

Um sonho antigo - Somente nos anos 30 e 40 foram feitos os primeiros experimentos com congelamento de tecidos.

A criogenia ganhou impulso somente em 1964 com a publicação do livro "A Perspectiva da Imortalidade", escrito pelo físico Robert Ettinger, criador do Institudo de criogenia de Michigan, nos EUA.

Preço - A empresa Alcor, por exemplo, cobre US$ 120 mil. Caso prefira congelar apenas a cabeça, o preço cai para US$ 50 mil.

Se você não mora nos EUA, há um custo adicional de transporte do corpo até a clínica, que fica em Scttsdale, no estado do Arizona, que sai por US$ 20 mil.

Pesquisa: Internet

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