9 de janeiro de 2020

Postagem, 2.841
BEDIN V.I.P.

PROF.DR. VALCINIR BEDIN 

- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele  

Filtro Solar e Cabelos
Valcinir BEDIN
colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN
Quando falamos em proteção solar para cabelos sempre temos de levar em consideração qual foi à metodologia aplicada para se estabelecer os critérios de níveis de proteção.

Diferentemente da pele, na qual temos meios objetivos para quantificar a proteção, nos cabelos esses métodos ainda não existem. Vemos então uma miríade de técnicas que são utilizadas para este fim.

Medidas de cor, de distensão, calorimetria de alta pressão, luminescência química, fluorescência espectroscópica do triptofano na superfície da fibra capilar, e microscopia eletrônica são alguns destes métodos usados para mostrar que o sol e a luz causam danos à haste capilar.

Os danos na haste podem ser mecânicos e químicos. Com relação à queratina, podemos ter perda da cutícula e separação das macrofibrilas. Com a radiação ultravioleta pode ocorrer a formação de grupos carboxílicos, destruição da cistina e modificação das proteínas obtidas pela redução das pontes bissulfídricas, com conseqüente perda da força mecânica.

Podemos ter também a destruição dos pigmentos de melanina, levando a descoloração, especialmente nos cabelos mais claros. Aí se coloca a primeira grande controvérsia: a tintura dos cabelos.

O que sempre se ouvia é que qualquer alteração química nos cabelos levaria a um prejuízo, do ponto de vista de sua saúde. Hoje, sabe-se que cabelos mais claros ou brancos precisam de maior proteção.

Esta proteção pode e deve ser feita com filtros solares quaternizados, como o CATC – cloreto de cinamido-propil- trimônio – e também através das tinturas, que, até o momento, não têm tido o apelo mercadológico da proteção solar.

Vê-se algum material de divulgação falando sobre as qualidades das tinturas, mas sem abordagem da proteção solar. Já existem estudos mostrando que os cabelos tintos são mais resistentes do que os não tintos.

Outros estudos mostraram que a radiação UVB é responsável maior pela perda protéica do cabelo e que a UVA pela mudança da cor. Com relação à fotoxidação, observou- se que não existe diferença entre cabelos claros e escuros, mostrando não haver relação com o tipo de melanina, mas que antioxidantes melhoram a qualidade dos produtos pré-sol.

Como resumo deste assunto poderíamos frisar dois pontos principais:

1. A radiação solar e as outras formas de luz ultravioleta trazem danos aos cabelos e estes precisam ser evitados utilizando-se filtros solares quaternizados, adicionados a shampoos, condicionadores, produtos de finalização.

2. Os métodos utilizados para quantificação tanto da eficácia quanto de benefícios desses produtos ainda são carentes de fidedignidade e, portanto, precisam ser mais estudados.

A nosso ver nenhum método existente, isoladamente, poderia ser empregado para se determinar a qualidade de um produto, com o risco de ser considerado parcial ou incompleto.
Pesquisa:Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário