6 de dezembro de 2017

Postagem 2.069
BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCINIR BEDIN




- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo


Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele

Careca nunca mais
Novos implantes com células-tronco prometem cumprir a promessa de eliminar a calvície. Será?
SUZANE FRUTUOSO


PESADELO
Metade da população masculina terá algum grau de calvície até os 50 anos
OSe existe algo que assusta os homens é a possibilidade de ficar careca. Metade da população masculina terá algum grau de calvície até os 50 anos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Pois essa realidade pode mudar graças ao resultado de pesquisas com a vedete científica do momento: as células-tronco. Estudos mundiais vêm provando - acredite - que o fim da calvície é viável e, em breve, essas técnicas estarão
em uso.

As novas técnicas retiram células da nuca, por exemplo, e as colocam no topo, onde voltarão a produzir cabelo. Essas células podem criar folículos capilares em áreas onde já não nascem fios. 'Não é o mesmo que reimplantar um fio', diz o dermatologista Valcenir BEDIN, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, em São Paulo. 'É colocar a célula para trabalhar em um local novo.'

A revolução começou quando os biólogos descobriram que a região em que está o músculo eretor do pêlo, conhecida como bulge, é rica em um tipo de célula chamada queratinócito (leia o quadro). Nos anos 90, foram feitas várias experiências com esse método em ratos. Hoje, ele vem sendo aplicado em homens. Um dos estudos mais avançados é o da empresa inglesa Intercytex, de pesquisas em biotecnologia. Na primeira fase de testes, dos sete voluntários que participaram, cinco apresentaram aumento no número de fios.

A empresa americana Aderans fez experiências com resultados semelhantes. Ambas aguardam aprovação das autoridades americanas. 'O estágio é inicial, mas esperamos oferecer o tratamento em cinco anos', afirma a química da Intercytex Susan Aldridge.


Nos anos 90, houve várias experiências com células-tronco em ratos. Hoje, os testes são feitos em homens
No Brasil, Bedin faz uma pesquisa similar com 23 voluntários, entre 18 e 50 anos. Com um aparelho, ele aspirou 200 queratinócitos da raiz do cabelo de cada um. Diferentemente das empresas inglesa e americana, Bedin fez uma cultura de células depois de aspirá-las. 'O objetivo é que ganhem força e se multipliquem', diz ele. Depois de três meses de cultura, Bedin está começando a injetar nos pacientes as células deles próprios para fazer o cabelo crescer.

Outra técnica brasileira, desenvolvida pelo cirurgião Carlos Oscar Uebel, é usar o sangue do paciente para nutrir os fios a transplantar. Os fios retirados são embebidos no sangue para depois ser reimplantados na região calva. 'Faço uma fertilização do fio para que, ao ser implantado, o cabelo cresça rápido, com mais viço', afirma ele.

Há 15 anos, o dermatologista Andrew Messenger, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, fez uma experiência e injetou células da nuca no próprio braço. Deu certo. 'Mas foi apenas um teste', diz ele. 'Há um longo caminho para a aplicação saudável em humanos. Ainda não sabemos se será produzida quantidade suficiente de cabelo e se os fios crescerão esteticamente perfeitos.' De acordo com Messenger, os laboratórios estão investindo pesado nas novas técnicas para tentar fazer crescer cabelos e eliminar as carecas. Ou, pelo menos, fazer enriquecer os cientistas.

Pesquisa

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