3 de julho de 2022

 

Postagem 4.055

BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCINIR BEDIN

 


Prof. Dr. Valcinir Bedin, MD, MSc, Phd, PD
Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Tricologia

Microesferas


Janeiro/Fevereiro 2011
Valcinir BEDIN colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN 

 Como o nome indica, microesferas são pequenas partículas esféricas, com diâmetros micrométricos (tamanhos de partículas que variam de 12 a 300 mícrons em diâmetro, com espessura de parede que pode variar de diversas mícrons até números tão baixos quanto 0,1 mícron).

As microesferas são, algumas vezes, chamadas de micropartículas e podem ser fabricadas a partir de vários materiais naturais e sintéticos. Microesferas de vidro, microesferas de polímeros e microesferas de cerâmica estão disponíveis comercialmente.

Elas podem ser sólidas ou ocas e variar em densidade, o que possibilita que sejam utilizadas em diferentes aplicações. As ocas são normalmente usadas como aditivos para reduzir a densidade de um material. Já as sólidas têm inúmeras aplicações, dependendo do material com que elas tenham sido construídas e do tamanho que elas possuam.

Microesferas de polietileno e poliestireno são os dois tipos mais comuns de microesferas de polímeros. As microesferas de poliestireno são geralmente utilizadas em aplicações biomédicas, devido à sua capacidade de facilitar procedimentos, como separação de células e precipitação imunológica. Elas permitem que as proteínas se liguem em adsorção ao poliestireno, prontamente e de forma permanente. Por causa dessa característica, elas são adequadas para a investigação médica e a realização de experimentos de laboratório biológico.

Microesferas de polietileno são comumente usadas como um preenchimento permanente ou temporário. A baixa temperatura de fusão permite que as microesferas de polietileno criem estruturas porosas em cerâmica e outros materiais. A alta esfericidade das microesferas de polietileno, bem como a disponibilidade de microesferas coloridas e fluorescentes, torna-as altamente desejáveis para a visualização de fluxo, sendo usadas para análise, técnicas de microscopia e em ciências da saúde.

Microesferas de cerâmica são utilizados principalmente como meio de moagem. Elas variam muito em qualidade, esfericidade, uniformidade de tamanho de partículas e distribuição granulométrica. Deve ser escolhida a microesfera adequada para cada aplicativo exclusivo.

Microesferas de vidro são usadas principalmente como material de enchimento e volumizador para redução de peso, para a segurança rodoviária, como aditivo para cosméticos e adesivos, com aplicações limitadas em tecnologia médica.

Essas bolhas de vidro começaram a ser desenvolvidas na década de 60 do século passado, em consequência da manipulação de vidros sólidos. O benefício desse tipo de microesfera é sua alta resistência à temperatura e às alterações químicas, devido à sua rigidez. Esse tipo de produto está disponível em uma ampla gama de densidades, que vão de 0,125 g/ml a 0,60 g/ml. Outra característica é a força de colapso da bolha de vidro, que está diretamente relacionada à densidade, ou seja, quanto maior for a densidade, maior será a força. Por exemplo: com uma densidade de 0,125 g/ml ela é de 250 libras por polegada quadrada (psi), enquanto que com uma densidade de 0,60 g/ml ela é avaliada em 18.000 libras por psi.

Para minimizar o custo e o peso do produto final, a bolha de vidro apropriada é aquela que é apenas forte o suficiente para sobreviver a todas as etapas dos processos de fabricação e de utilização final do produto.

Limitações: as microesferas têm limitações que devem ser consideradas. Apesar de apresentarem grandes vantagens, como seu tamanho, comparando-as a alguns outros sólidos, sua adição pode resultar na alteração de textura da superfície ou na redução do brilho, em especial quando o produto final for um filme fino. Para que possam ser utilizadas em sua plenitude, o manejo adequado dos equipamentos requer treinamento para que não haja o risco de as microesferas flutuarem, o que é uma tendência quando se trabalha com sistemas de baixa viscosidade. Para superar esses problemas, deve-se escolher o produto adequado e, eventualmente, usar modificadores de viscosidade.

Cabelos: em produtos capilares pode ser utilizada essa tecnologia, especialmente quando se trata de finalizadores, de leave-ons ou de processos de tratamentos; quando queremos um sistema de delivery mais lento; ou ainda quando queremos que o ativo permaneça por mais tempo em contato com os cabelos.

Em suma, o formulador criativo deve utilizar todas as ferramentas disponíveis para o desenvolvimento de novos produtos ou a melhoria das linhas existentes. As microesferas podem ser mais uma ferramenta para ajudar a todos os fabricantes que enfrentam ou enfrentarão essas questões em algum momento.


Pesquisa:Internet
 

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