14 de julho de 2022

 

Postagem 4.078

BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCINIR BEDIN 

 

Prof. Dr. Valcinir Bedin, MD, MSc, Phd, PD
Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Tricologia
Tricologia Verde

Março/Abril 2009
Valcinir BEDIN 

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN

Acredita-se que, mesmo com os Estados Unidos vivendo uma imensa crise na economia, haverá aumento de 80% nas vendas de produtos ditos orgânicos ou verdes.

É muito importante que se defina corretamente o que é um produto verde (e não estamos falando apenas da cor da embalagem!). Para entender melhor este assunto, vamos ver o que aconteceu na Europa nos últimos anos. Os cinco maiores países em termos econômicos se uniram, cada um com sua instituição representativa. A Itália com a ICEA, a Alemanha com a BDIH, a Bélgica com a Bioforum, a França com a Cosmebio/Ecocert e o Reino Unido com a Soil Association e definiram as necessidades mínimas e as bases para os cosméticos poderem ser chamados de orgânicos ou naturais.

Para tanto esta associação, denominada Cosmos (Cosmetics Organics Standards Working Group), estabeleceu alguns pontos que devemos considerar. O primeiro é para que tenhamos um desenvolvimento sustentável, que possa conciliar progresso econômico, responsabilidade social e manter o balanço natural do planeta. É um projeto onde os cosméticos precisam estar envolvidos.

Entretanto, para se alcançar todos os itens necessários para um desenvolvimento sustentável, algumas mudanças nos padrões de produção e nas práticas de consumo são indispensáveis.

Para estimular esses processos de produção e consumo, o setor dos cosméticos orgânicos e naturais está usando algumas regras ditadas pelos princípios de prevenção e segurança em todos os níveis da cadeia, desde a produção da matéria-prima até a distribuição do produto final.

Essas regras básicas podem ser enunciadas como:
1. Promover o uso de produtos de agricultura orgânica e respeitar a biodiversidade.
2. Usar produtos de fonte natural de maneira responsável e respeitar o meio ambiente.
3. Adotar processos e manufatura que sejam limpos e que respeitem a saúde humana e o meio ambiente.
4. Integrar e desenvolver o conceito de “Quimica Verde” em vez de petroquímicos.

Este último ponto é um ponto-chave para o sucesso dessa ambição, se considerarmos as especificidades da formulação de produtos cosméticos.

Com esta “filosofia verde”, e este desejo de contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável, o setor de cosmético tem o compromisso de definir e implementar um padrão para o que se vai chamar de cosmético orgânico ou natural. Este padrão considera a realidade tecnológica corrente enquanto infunde um dinamismo que levará a desenvolvimentos inovadores.

Para facilitar a tradução dessas regras em nível de padronização, é necessário distinguir as cinco categorias de ingredientes que possui um produto cosmético (a lista abaixo segue ordem crescente de intervenção humana)

1. Água – matéria-prima vital e básica no desenvolvimento de um produto; sua qualidade é essencial.
2. Ingredientes naturais – interessante e necessário, mas não renovável. Eles requerem regras ambientais claras para uso.
3. Agroingredientes processados fisicamente – a maioria já tem regras claras.
4. Agroingredientes processados quimicamente – certificados por leis que permitam que sejam autorizados sob o guarda-chuva da “Química Verde”.
5. Materiais sintéticos – esta é a categoria que vai direcionar a transição entre a situação corrente e os objetivos e direção deste padrão.

Estes são os pontos que precisam ser seguidos para que o meio ambiente e o bem-estar do homem no planeta sejam preservados.

Para propósitos práticos pretende-se como objetivo assegurar a transição entre as possibilidades de avanço tecnológico do hoje para o amanhã e promover o desenvolvimento dos cosméticos da maneira mais natural e orgânica.

Isso se faz necessário para que o consumidor seja informado de maneira clara e transparente para que possam ser atores na manutenção do desenvolvimento sustentável.

Em resumo, sem a participação efetiva do elemento da ponta do processo - o consumidor -, não haverá esta possível evolução.
Pesquisa:Internet

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