10 de julho de 2022

 

Postagem 4.068

BEDIN V.I.P.

PROF.DR. VALCINIR BEDIN 

 


 Prof. Dr. Valcinir Bedin, MD, MSc, Phd, PD


Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU – EUA

Tricologia
Cabelo através da idade

Novembro/Dezembro 2009
Valcinir BEDIN

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN


O cabelo do feto começa a formar-se por volta de nove semanas de gestação. A epiderme manda um sinal para a derme e esta começa a “puxar” as células para baixo, formando um botão (invaginação) sob o qual se encontra a papila dérmica, por meio da qual o pelo vai ser nutrido. Na papila vamos encontrar também nervos e receptores de hormônios. A inclinação do folículo determina a forma que o fio terá no futuro. Os fios perpendiculares serão grossos e lisos; os inclinados, cacheados; e os paralelos à epiderme, do tipo carapinha.

Ao nascer, a criança tem cabelos já formados e pelos espalhados pelo corpo, que são chamados de lanugo. Estes pelos não têm a parte mais interna, a medula, existente nos pelos do tipo velus. A densidade nessa fase é de aproximadamente 600 fios por centímetro quadrado.

Até a criança completar 10 anos, os cabelos ainda não estão sob influência hormonal. Fios devem ter espessura condizente com a genética (herança dos pais) e possuir coloração normalmente mais clara do que vão ter na idade adulta. Não apresentam ainda toda a estrutura formada, portanto devem ser evitados, nessa fase da vida, tratamentos químicos agressivos, como alisamentos e permanentes. Deve-se usar apenas tinturas superficiais e temporárias, como henna.

Na adolescência, até os 20 anos, começam a aparecer os hormônios (menarca, nas meninas, e adrenarca, nos meninos e nas meninas), que influenciarão muito a forma, a cor e o tipo de cabelo. A influência hormonal se dá por meio da papila dérmica, que fica na base do fio. Cada fio recebe toda a influência do que o corpo fabrica. Cuidados especiais são necessários nesse período. Não se deve, no começo da puberdade, abusar dos tratamentos químicos.

Aos 20 anos, os cabelos ainda estão íntegros. A destruição da queratina pelo Sol e pelos tratamentos químicos ainda não é total! A haste capilar está forte e a densidade está preservada.

Para manter os cabelos saudáveis, deve-se lavá-los em dias alternados, com a temperatura da água de cerca de 20oC e com a água caindo sobre os cabelos por um tempo máximo de três minutos.

Pode-se usar secador e, eventualmente, chapinha, ambos com íons. E fazer hidratação, mas sem abusar dos tratamentos químicos que “mandarão a conta” no futuro.

Usar produtos que contenham filtro solar (como shampoo ou condicionador do tipo sem enxágue). Utilizar condicionadores com queratina ou derivados do silicone.

Evitar o excesso de tinturas e de outros tratamentos químicos, como escova progressiva com ou sem formol. Já aos 30 anos, os cabelos estão um pouco “cansados”, provavelmente por causa dos tratamentos químicos e da exposição ao Sol. A cutícula provavelmente já não está tão íntegra. Os cuidados com a lavagem devem ser iguais aos que se tinha aos 20 anos.

Cauterização química e queratinização podem ser necessárias para corrigir os estragos causados pelas agressões físicas e químicas. Shampoos que sejam também portadores de queratina ou do tipo termoativados são úteis.

O uso de secadores deve sempre atender à necessidade mínima (duas vezes por semana, por exemplo) e o da chapinha deve ser limitado. Escovas (simples) podem ser feitas, mas sem muita agressividade ao realizá-la.

A partir dos 40 anos, os cabelos terão sido muito mal-tratados pelo tempo, o Sol, o vento e os tratamentos químicos em geral. A cutícula já estará mais aberta e não manterá mais o brilho sem a ajuda de alguns procedimentos.

Cuidados de lavagem (dias alternados, temperatura baixa e shampoo adequado).

Cuidados com a cutícula. Cortes regulares (a cada dois meses, no máximo, para as pontas) e aplicação de produtos que mantenham a hidratação ou recuperem a cutícula (banhos de óleos, hidratação profunda e cauterização com nanoqueratinas ou queratinas vegetais).

Não abusar do secador ou da chapinha, nem das escovas com o secador muito quente. Procurar não agredir a haste capilar com tratamentos químicos muito agressivos (escova progressiva ou francesa, formol, entre outros).

Durante a gravidez, a mulher experimenta mudanças em seu corpo e, em especial, nos hormônios. Nessa época os hormônios femininos tomam conta do corpo e agem mais intensamente sobre os cabelos. Assim, a grávida vai experimentar melhora na penteabilidade, no brilho e na forma dos fios. Eles podem mudar: de crespos passarem a ser lisos, e vice-versa.

Infelizmente, isso tudo acaba com o parto. Após o parto, existe uma queda considerável dos cabelos, que acontece depois de três ou quatro que o filho nasce, chamada de eflúvio telógeno pós-parto. Ela é reversível espontaneamente, mas pode ser tratada com medicamentos.


Pesquisa:Internet


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