11 de julho de 2022

 

 Postagem 4.070

BEDIN V.I.P.

PROF.DR.VALCINIR BEDIN

 

Prof. Dr. Valcinir Bedin, MD, MSc, Phd, PD


Formação
Médico pela Universidade de São Paulo –USP –Brasil
Mestre em Medicina pela Universidade de Campinas – UNCAMP –Brasil
Doutor em Medicina pela Universidade de Campinas – UNICAMP – Brasil
Pós Doutorado em Educação – Florida Christian University – FCU –
EUA

Tricologia
Vitaminas e cabelos

Setembro/Outubro 2009
Valcinir BEDIN

colunistas@tecnopress-editora.com.br

Valcinir BEDIN

Os cabelos são anexos à epiderme e formados basicamente por duas proteínas, a queratina, que dá dureza aos fios, e a melanina, responsável pela sua cor. Proteínas são estruturas formadas por aminoácidos, minerais e vitaminas. Os aminoácidos são essenciais para a produção das proteínas e devem ser produzidos pelo próprio organismo ou adquiridos por meio da alimentação. O mesmo acontece com sais minerais, como ferro e zinco, fundamentais para a produção de fios queratinizados, e as vitaminas também exercem um papel também muito importante neste processo.

Vitaminas, por definição são “aminas da vida”, isto é, substâncias sem as quais a vida não existiria. Receberam suas denominações na sequencia que foram sendo descobertas. Por isso existem as designações A, B, C, e assim por diante.

Podem ser agrupadas em hidrossolúveis, que não apresentam problemas de superdosagem, e lipossolúveis, que se forem serem consumidas em excesso podem levar a efeitos colaterais sérios.

Para a saúde dos cabelos, as vitaminas mais importantes são:

Vitamina A: apesar de ser importante para a pele e, consequentemente, para os anexos cutâneos, seu excesso tem como primeiro efeito a queda de cabelos! Portanto, deve-se ter cuidado com os polivitamínicos tomados sem orientação médica.

Vitamina B6: as vitaminas fundamentais para o crescimento saudável dos cabelos são as do grupo B, e a B6 é a mais importante destas. A vitamina B6 também é conhecida como piridoxina, piridoxol, piridoxamina e piridoxal. Trata-se de uma coenzima que interfere no metabolismo das proteínas, das gorduras e do triptofano.

Vitamina B12: também chamada cobalamina, hidroxicobalamina ou cianocobalamina, tem como função principal o crescimento de replicação celular. Principais fontes: carnes e fígado. É também produzida pela flora do intestino grosso, mas não é absorvida por este. A absorção ocorre no intestino delgado após ser ativada pelo estômago, aonde esta chega com a ingestão de alimentos.

Níveis baixos dessa vitamina estariam associados a
maior risco de câncer e de doenças vasculares.

Os vegetais, per si, não contêm vitamina B12, o que poderia levar à sua falta no organismo dos vegetarianos. Contudo, isso nem sempre acontece porque as bactérias contaminadoras dos vegetais, ou mesmo as do trato intestinal, agindo sobre os restos desses vegetais, formam a vitamina B12 e, assim, suprem parcialmente o organismo das pessoas que não ingerem carne, fígado, ovos ou leite e seus derivados.

Ácido fólico: também designado folacina, folato e ácido pteroilglutâmico. Já foi chamado de vitamina M e vitamina B9, nomes que hoje não são mais usados. Principais funções: atua em conjunto com a vitamina B12 na transformação e na síntese de proteínas. É necessária para o crescimento dos tecidos.

O ácido fólico tem papel na prevenção de doenças cardiovasculares, principalmente nos portadores de distúrbios metabólicos em que há aumento da hemocisteína no sangue, onde atua como redutor dessa substância tóxica.

Em países como Inglaterra e Chile, o ácido fólico é acrescentado à farinha de trigo de uso doméstico. Principais fontes: carnes, verduras escuras, cereais, feijões e batatas. Um fato importante é que o excesso de ácido fólico pode, paradoxalmente, causar a queda dos cabelos.

Biotina: ou vitamina B8, possui três variantes que são a biocitina, a lisina e o dextro e levo sulfoxido de biocitina. Principais fontes: carnes, gemas de ovos, leite, peixes e nozes. Sua principal função é no metabolismo de açúcares e gorduras. As lesões da pele devidas à carência de biotina se caracterizam por dermatite esfoliativa severa e queda de cabelos, que são reversíveis com a administração desta vitamina.

Vitamina D: na verdade, esta é a denominação atribuída a duas substâncias, o colecalciferol e o ergocalciferol. Ambas têm a propriedade de evitar ou curar o raquitismo, que no passado era atribuído à falta de ar fresco e de sol para as crianças criadas em zonas urbanas. A principal fonte da vitamina D é o próprio organismo humano, que é capaz de sintetizá-la a partir do colesterol. Por isso, a vitamina D poderia deixar de ser considerada uma vitamina, já que não se enquadra na definição das vitaminas. Suas principais fontes são fígado, óleos de peixes e gemas de ovos. Estudos recentes associaram a vitamina D à saúde dos cabelos.

Carnitina: possui nome relacionado à carne e é um constituinte nitrogenado dos músculos, exercendo papel na oxidação de ácidos graxos. É conhecida também como L-carnitina e vitamina B11.

Principais fontes: carnes, peixes e laticínios. Age levando as gorduras para dentro das células, produzindo energia, aumentando o consumo de gorduras e, dessa forma, possui a função de proteger o organismo. Trabalhos recentes demonstraram crescimento capilar com aplicação tópica de L-carnitina.


Pesquisa:Internet

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