11 de dezembro de 2014

POSTAGEM 394
BEDIN V.I.P

PROF.DR. VALCINIR BEDIN


- Médico pela Universidade de São Paulo - USP
- Mestre e Doutor em Medicina pela UNICAMP
- Prof. convidado da Universidade Vadois - Lausanne-Suiça
- Prof. e Coordenador do Curso de Pós Grad. em Derma. e em Med. Estética da FTESM - FPS - SBME
- Ex-professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
- Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo
- Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
- Diretor do CIPE - Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento
- Ex-delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo Diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele


É só xampu, gente 

Comprar um produto para lavar cabelo virou missão complexa de tantas fórmulas específicas; antes de cair no apelo do rótulo e no glamour da embalagem, vale lembrar que tudo, no fim, é detergente 

DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até o começo dos anos 90, os xampus se dividiam em três grupos: neutros, para cabelos oleosos e para cabelos secos.
Com o crescimento do mercado, o velho detergente líquido foi ficando cada vez mais específico. Hoje, esse universo leva em consideração, ao menos no apelo publicitário, também o formato do fio, a cor e as intervenções químicas pelas quais o cabelo passou.
Isso sem contar problemas menos genéricos, como cabelos com muito "frizz", sem volume, com raiz de um jeito e pontas de outro, quebradiços... A criatividade marqueteira criou até o xampu anti-idade.
Será que faz diferença? "A matéria-prima básica de qualquer xampu é o detergente. No caso dos tipos de cabelo, muda a concentração desse detergente: maior para oleosos, menor para secos", afirma o dermatologista Valcenir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo.
Mas alguns princípios ativos, como extratos vegetais, proteínas e silicones, dão às fórmulas características próprias. "Hamamélis e bardana, por exemplo, ajudam a controlar a oleosidade", diz a cosmetóloga Valéria R. Velasco, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. "A ação dos princípios ativos fica restrita ao período de contato do produto com o cabelo, de cerca de três minutos."
Não é o caso dos xampus para cabelos cacheados ou lisos. Segundo Ademir Junior, dermatologista da Associação Internacional de Tricologia, eles contêm polímeros e silicones que aderem aos fios, os deixam mais pesados e só saem na lavagem seguinte. Funcionam.
No Brasil, graças à mistura de raças e à variação climática, dá para encontrar quase todo tipo de cabelo e de problema. Uma pesquisa da francesa L'Oréal identificou no país 7 dos 8 tipos de cabelo existentes no mundo.
As brasileiras são fãs de alisamento e coloração. Junte a isso um gosto particular por produtos para cabelo (o Brasil responde por 10,7% do mercado mundial) e está explicado porque o país é o segundo no consumo desses produtos, perdendo só para os EUA.
É cada vez mais difícil entender todas as características e decidir entre marcas de xampu. E o preço alto não é garantia de resultado. "Quando comparamos um produto mediano, de R$ 8 a R$ 30, com um mais caro, as diferenças são muito pequenas", diz Ademir.

Cabelo viciado
O ideal para a maioria é lavar os cabelos três vezes por semana, para não retirar o manto hidrolipídico, que recobre e protege a fibra capilar. Para quem sofre com o excesso de oleosidade, é indicado usar água morna e alternar o xampu para cabelos oleosos com um mais suave, como os infantis.
Alternar, aliás, é um truque usado por quem acha que o cabelo se "vicia" no xampu. "Não existe estudo que comprove isso, até porque a base do xampu varia pouco", diz Bedin.
Outro fator que interfere na ação do produto é a mudança hormonal. O pH do couro cabeludo da mulher varia no período menstrual, e o mesmo xampu pode ter respostas diferentes. "Não é porque o cabelo se acostumou, mas porque o couro cabeludo mudou", diz Bedin.
E vale prestar atenção ao pH do produto? "Nem todas as marcas trazem essa informação no rótulo, e isso pode confundir ainda mais", acredita Bedin. O pH deve ser levemente ácido, como o couro cabeludo, que tem pH de 5,5. "Quanto mais baixo, mais ácido, menos agressivo", afirma Valéria.
Para quem tem cabelos danificados, o mais importante é usar produtos com ativos reconstrutores e, para cabelos descoloridos e tingidos, evitar os xampus antirresíduos. "O antirresíduo é indicado para quem usa muito finalizador, como "leave-in", gel e fixador, ou trabalha em ambientes muito poluídos. Mas deve ser usado no máximo uma vez por mês, porque ele tira, junto com os resíduos, também a coloração e a proteção natural do fio", diz o dermatologista Ademir.
Com relação aos antiqueda, a opinião é unânime: nenhum xampu é capaz de prevenir ou reverter a queda. "O que existe é o xampu para queda causada pela quebra, que fortalece o fio no comprimento. O resto é mentira", diz Bedin.
Pesquisa da internet



Nenhum comentário:

Postar um comentário